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sábado, 15 de junho de 2024

Resgate de uma aliança histórica


Do DIARIO DE PERNAMBUCO - Edmar Lyra
charlesnasci@yahoo.com.br

Na já distante disputa pelo governo de Pernambuco em 2006, o então candidato a governador Eduardo Campos contou com o apoio do então prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, que teve papel fundamental na operacionalização da vitoriosa campanha eleitoral. Com a vitória de Eduardo, Fernando renunciou ao cargo de prefeito para assumir a secretaria de Desenvolvimento Econômico, e a dobradinha entre Eduardo e Fernando proporcionou o melhor momento econômico da história de Pernambuco.

Em 2011, Eduardo fez Fernando ministro da Integração Nacional e em 2014 o escolheu para disputar o Senado Federal na chapa encabeçada por Paulo Câmara, após o fatídico acidente que ceifou a vida de Eduardo, Fernando e Paulo acabaram vitoriosos. Em 2017, tentando disputar o governo, Fernando rompeu com a Frente Popular e migrou para o MDB, mas acabou não sendo candidato, apoiando Armando Monteiro.

Foram quase sete anos de distanciamento entre o clã Coelho e o PSB, culminando inclusive na candidatura de Miguel Coelho ao governo de Pernambuco em 2022, mas com a decisão de Raquel Lyra de mandar os Coelho para a oposição, que também é fruto daquela vitoriosa eleição de Eduardo Campos, que teve João Lyra Neto como vice, os herdeiros de Fernando e de Eduardo, Miguel e João, respectivamente, resgataram a vitoriosa aliança política que muito bem fez para Pernambuco.

O PSB apoiará a reeleição de Simão Durando em Petrolina, enquanto o União Brasil marchará com João Campos no Recife. Essa aliança, como bem disse Fernando, poderá representar algo maior, tendo João Campos como postulante ao Palácio do Campo das Princesas, e Miguel Coelho como possível companheiro de chapa na majoritária. A junção dos dois grupos é um resgate histórico que tentará devolver o governo de Pernambuco à Frente Popular.