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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Perseguição política e 'peça de ficção': 'O sistema quer matar Bolsonaro politicamente', acusa oposição

Parlamentares afirmam que o Brasil vive sob censura e apelaram ao mundo

Do DIÁRIO DO PODER - Mael Vale
charlesnasci@yahoo.com.br

A oposição na Câmara dos Deputados reagiu nesta quarta-feira (19), em entrevista coletiva no Salão Verde da Casa, sobre a denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe de Estado. O líder da oposição na Câmara, deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), afirmou que a medida é uma "articulação do sistema para matar Bolsonaro politicamente". "Trate-se de uma série de acusações desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas, uma verdadeira peça de ficção, uma denúncia encomendada para gerar o resultado que todos já conhecem", declarou.

O parlamentar afirmou ainda que o Brasil vive sob censura e apelou à organizações internacionais para acompanharem essa situação. "Não podemos nos calar. É nosso dever denunciar ao mundo o que está acontecendo no Brasil. Apelamos às organizações internacionais de defesa dos Direitos Humanos, à imprensa independente e a todas as nações que prezam pela democracia, para que voltem os olhos ao nosso país e pressionem as autoridades responsáveis. O momento exige coragem e união", destacou. Para Zucco, o Brasil enfrenta uma ditadura constitucional.

"Nossa luta não é apenas por um grupo específico, mas pelo direito de todos os brasileiros viverem em uma sociedade em que a liberdade não seja uma concessão do Estado, mas um direito inalienável. Hoje, a perseguição é contra a direita conservadora; amanhã, quem será o próximo? Esse autoritarismo, esta ditadura constitucional que se instala sob o disfarce da legalidade, precisa ser parada", ponderou. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), também estava presente na coletiva com os deputados federais opositores ao governo Lula (PT). De acordo com a oposição, não há provas concretas dos supostos crimes apresentados pela PGR.

A DENÚNCIA DA PGR

Na noite da terça-feira (18), a PGR apresentou uma denúncia contra Bolsonaro. Entre as acusações estão: "golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, liderança de organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União". De acordo com a procuradoria, o ex-presidente liderou uma organização que tentou desestabilizar a democracia brasileira. Foi apontado ainda que, Bolsonaro "tinha conhecimento de um plano para assassinar o presidente Lula (PT) em 2022 e concordou com essa trama".