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sábado, 16 de agosto de 2025

Miguel Coelho descarta aliança com Raquel Lyra e garante apoio a João Campos

Do JORNAL DO COMMERCIO
charlesnasci@yahoo.com.br

O ex-prefeito de Petrolina e presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, afirmou que não há possibilidade para aliança política com a governadora Raquel Lyra (PSD) e reforçou o elo com o prefeito do Recife, João Campos (PSB). A declaração foi dada em entrevista ao videocast
Cena Política, do JC Play, nesta sexta-feira (15). "Ela é a governadora do estado, se ela convidar, nós vamos sentar para conversar para discutir Pernambuco, mas não discutir política. Até porque já ficou muito claro que a governadora já fez a opção dela e nós fizemos a nossa, e acreditamos que o melhor caminho que temos para seguir é com o prefeito João Campos caso ele seja pré-candidato ao governo do estado".

Ele também criticou a postura do governo de Pernambuco diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, que afetam fortemente o Vale do São Francisco. Segundo ele, o impacto é especialmente grave para produtores de frutas. "Açúcar é menos mal porque você consegue estocar e esperar esse problema resolver. Fruta, depois que você colhe, em especial a manga, você tem uma janela de 15 a 25 dias para ser consumida, senão é lixo", apontou.

Veja no vídeo:


"Já tem mais de 30 dias do anúncio e mais de uma semana que está em vigor, e a gente vê uma inércia e um silêncio do governo do estado, jogando essa responsabilidade só para o governo federal. Você tem 20% da nossa produção destinada exclusivamente ao mercado americano. Estamos falando de um impacto de mais de R$ 400 milhões na economia pernambucana, só na questão da uva e da manga. Aí eu pergunto: o que o governo do estado anunciou ou se preocupou em fazer? Até agora, nada", disparou.

Miguel também comparou a atuação de Pernambuco com soluções encontradas por estados como Ceará, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. "Um governo do estado que enche o peito para dizer que tem bilhões e bilhões dentro do caixa, será que não tem a possibilidade ou sensibilidade de ofertar qualquer tipo de apoio ao Vale do São Francisco que pode ter a safra prejudicada?", questionou.
DISPUTA PELO SENADO EM 2026

Miguel também reafirmou que é pré-candidato ao Senado nas eleições de 2026, e disse que a candidatura é prioridade para a direção do União Brasil, revelando que conta com apoio de importantes lideranças nacionais. "É uma prioridade do nosso partido e conta com apoio do nosso presidente nacional, Antônio Rueda, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, de outras lideranças importantes, o que nos anima. Mas entendo que uma pré-candidatura majoritária não pode representar o interesse de um partido, tem que fazer parte de um conjunto partidário, de um projeto político de uma maioria que represente os anseios da população", declarou.

O ex-prefeito ressaltou a força da federação União Progressista, que ligou o União Brasil ao PP. Segundo ele, o grupo tem "a maior força política do Brasil" e está credenciada para buscar resultados expressivos nas urnas. "Queremos fazer um número próximo a 8 ou 9 deputados federais, e a maior bancada na Assembleia de pelo menos 16 a 17 deputados estaduais, além do Senado Federal".