Foto: Google Imagens/Reprodução |
De CARTA CAPITAL
charlesnasci@yahoo.com.br
"A cegueira que atinge lá, atinge aqui também", disse Mano Brown a petistas presentes ao comício de Fernando Haddad na noite da terça-feira 23 no Rio de Janeiro. Chegou a ser vaiado por uma parte da militância pelo "papo reto", ao dizer que tem "30 milhões de votos para tirar" e não confia numa virada. "Sou realista." Nesta quarta-feira 24, Haddad tentou pôr panos quentes nas críticas ao afirmar que "Mano Brown tem toda razão". "Precisamos voltar pra periferia de coração aberto porque a periferia não votou com a gente no primeiro turno". Apesar do leve mea-culpa, o discurso do candidato ainda é eleitoral.
"A cegueira que atinge lá, atinge aqui também", disse Mano Brown a petistas presentes ao comício de Fernando Haddad na noite da terça-feira 23 no Rio de Janeiro. Chegou a ser vaiado por uma parte da militância pelo "papo reto", ao dizer que tem "30 milhões de votos para tirar" e não confia numa virada. "Sou realista." Nesta quarta-feira 24, Haddad tentou pôr panos quentes nas críticas ao afirmar que "Mano Brown tem toda razão". "Precisamos voltar pra periferia de coração aberto porque a periferia não votou com a gente no primeiro turno". Apesar do leve mea-culpa, o discurso do candidato ainda é eleitoral.
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As críticas do rapper parecem justificar apenas a derrota na fase inicial da disputa: "Vamos voltar pra base e governar o Brasil com a base, como sempre fizemos", conclui o petista. O diagnóstico do músico, uma referência para a periferia de São Paulo, não se resume à derrota do partido no primeiro turno – basta lembrar que Haddad também perdeu a prefeitura para João Doria nos bairros mais pobres de São Paulo em 2016. É a síntese de erros acumulados nos últimos anos, da corrupção à falta de trabalho de base, que abriram caminho para os mais pobres virarem as costas ao PT e flertarem com o autoritarismo.
Ninguém sabe melhor o que está ocorrendo na periferia que Mano Brown. Neste ano, afirmou em apresentações que é preciso combater o "pensamento escravagista" e não jogar o "voto fora" no candidato do PSL. Em outro show, falou de sentimentos que, antes escondidos, agora estão dispersados. "Todo esse monte de gente dizendo que vai votar no Bolsonaro é porque é recalcado já de uns dias e não se assume". Ao contrário do PT, o rapper já combatia o crescente bolsonarismo entre os mais pobres desde o início do ano, quando o partido ainda mergulhava no drama pessoal e político de Lula.
Ninguém sabe melhor o que está ocorrendo na periferia que Mano Brown. Neste ano, afirmou em apresentações que é preciso combater o "pensamento escravagista" e não jogar o "voto fora" no candidato do PSL. Em outro show, falou de sentimentos que, antes escondidos, agora estão dispersados. "Todo esse monte de gente dizendo que vai votar no Bolsonaro é porque é recalcado já de uns dias e não se assume". Ao contrário do PT, o rapper já combatia o crescente bolsonarismo entre os mais pobres desde o início do ano, quando o partido ainda mergulhava no drama pessoal e político de Lula.
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