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domingo, 28 de novembro de 2021

Mundo tenta se blindar de variante, que começa a se espalhar


Do UOL
charlesnasci@yahoo.com.br

Ideia de que países, aos poucos, estariam finalmente emergindo da pandemia é frustrada com surgimento da ômicron, potencialmente mais contagiosa e que já começa a aparecer na Europa. A descoberta de uma nova variante do coronavírus na África Sul, potencialmente mais contagiosa, gerou alerta no mundo ao final desta semana, com países ocidentais tentando se blindar com bloqueios aéreos, ao mesmo tempo em que os primeiros casos começam a ser registrados. A variante se chama ômicron. Ela é a primeira desde a detecção da delta, há cerca de um ano, a ganhar da Organização Mundial da Saúde (OMS) o rótulo de "variante de preocupação”, sua categoria mais elevada.

A designação significa que a variante tem mutações que podem torná-la mais contagiosa ou mais virulenta, ou tornar as vacinas e outras medidas preventivas menos eficazes - embora nenhum desses efeitos ainda tenha sido oficialmente confirmado. A Bélgica relatou um caso: um viajante que passou por Egito e Turquia, e não esteve na África do Sul, o que sugere já estar acontecendo transmissão comunitária além da região sul da África. Outros casos também foram detectados em Israel e Hong Kong.

Especialistas preveem ser que questão de tempo até que a nova variante se alastre pelo Ocidente. Neste sábado (27.11), uma autoridade local alemã anunciou o primeiro caso suspeito, no estado de Hesse, e disse que a variante possivelmente já entrou no país.A República Tcheca também tem um caso suspeito. A Holanda informou que no dia anterior detectou 61 infectados em dois voos proveniente da África do Sul. Testes serão feitos para confirmar de qual variante se tratam os casos.

A rápida disseminação da variante ômicron entre os jovens na África do Sul deixou profissionais de saúde em alerta. Em apenas duas semanas, a variante transformou uma época de baixa transmissão no país em um período de rápido crescimento de casos. Desde sexta-feira, países como Brasil, EUA, Canadá e membros da União Europeia começaram proibir a entrada de viajantes que estiveram nos últimos 14 dias em seis países do sul da África: África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.