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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Miguel sobe o tom contra Compesa e dá primeira alfinetada no Governo Raquel Lyra


Da FOLHA DE PERNAMBUCO - Carlos Britto
charlesnasci@yahoo.com.br

Se o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), ainda não tinha dado nenhuma declaração contundente com temas ligados ao Governo de Pernambuco, esse momento passou. Em um vídeo postado em suas mídias sociais, ele expressou sua indignação diante do anúncio recente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) sobre a implementação de um rodízio de água na cidade. Miguel caracterizou a situação como "atestado de incompetência" que, segundo ele, lança uma sombra sobre a eficácia da empresa estatal e a gestão dos recursos hídricos em Pernambuco.

"Isso é o maior absurdo, um atestado de incompetência que pode haver nesta empresa. Petrolina está à beira do Rio São Francisco, não existe problema na captação de água, possui uma das estações de tratamento de água mais modernas do estado de Pernambuco, para não dizer do Nordeste, que foi inaugurada há algum tempo. Como também temos obras de tratamento de esgoto tão modernas quanto. Petrolina é uma cidade que sempre foi pioneira e inovadora nesse quesito de água e saneamento, mas é impressionante a falta de capacidade da Compesa", declarou Miguel Coelho.

O ex-prefeito também chamou a atenção para os recursos financeiros disponíveis à Compesa, alegando que a empresa arrecada entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões por mês em Petrolina e investe muito pouco. "Não é falta de dinheiro. É falta de vontade, de gestão, é falta de prioridade e, se isso acontece em uma cidade à beira do rio como é Petrolina, imagine como não é no Agreste, na Zona da Mata e em tantas outras cidades. Ora, até o Recife, que é a capital, passa por isso. Isso é um absurdo, não dá para aguentar mais calado esse tipo de comportamento da empresa. Os órgãos de controle precisam agir, mas principalmente o governo do Estado precisa agir para que a Compesa pare de ser um calo na vida das pessoas", enfatizou Miguel Coelho.