A guinada de Miguel Coelho

Do BLOG DE SILVINHO SILVA
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Após um ano da eleição para o Governo de Pernambuco, figuras da política pernambucana que não obtiveram êxito no pleito passado estão buscando espaço e sobrevida na política estadual. É o caso, por exemplo, do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB). O jovem político conseguiu, apesar de ser uma campanha bastante concorrida, ganhar musculatura e uma representação entre os eleitores pernambucanos. Esperava-se que Miguel viesse a ocupar uma pasta no secretariado de Raquel Lyra mas isso terminou não acontecendo. Na época, Miguel disse que embora tenha conversado por diversas vezes com a tucana entre o final da eleição e a posse, em nenhum momento houve um convite por parte da governadora para que ele viesse a compor os quadros.

Já no segundo semestre deste ano, Miguel surpreendeu ao anunciar o apoio à reeleição do prefeito João Campos (PSB) que passou a ser o principal adversário de Raquel Lyra não apenas no campo político, mas também eleitoral. João, sendo reeleito prefeito do Recife em 2024, torna-se naturalmente pré-candidato a governador de Pernambuco. O nome de Miguel que chegou a ser especulado para disputar a Prefeitura do Recife (embora a possibilidade levante inúmeras interrogações), passou a ser considerado apenas como mais uma figura política para o ano de 2026.

O grupo dos Coelhos trabalham hoje com dois cenários. O primeiro é em caso de conseguirem emplacar o nome na majoritária e concorrerem ao Senado. Nesta situação o nome de Miguel Coelho é hoje o mais forte. Caso não obtenham sucesso, o caminho será mesmo o de disputarem duas vagas na Câmara Federal, feito conquistado no ano passado pelo deputado federal Eduardo da Fonte. Se uma eventual disputa de Miguel em um cargo majoritário passa a ser um pouco difícil, o mesmo não se pode dizer do segundo projeto tendo em vista que a família Coelho conseguiria hoje tranquilamente eleger dois deputados federais: Miguel Coelho e Fernando Filho.