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Os dois dias de chuva, tanto na Região Metropolitana quanto no interior, provocaram alagamentos e quedas de barreiras. Lamentavelmente, houve uma vítima fatal em Belo Jardim. Aos moradores restou limpar as casas e contabilizar os prejuízos. Prefeitos e suas equipes foram às ruas para se mostrarem presentes e afirmarem que têm feito possível para minimizar os transtornos. Já os pré-candidatos de oposição se aproveitaram para demarcar espaço e atacar os gestores.
Quem já esteve em prefeituras e não conseguiu dar jeito, agora se diz capaz de encontrar as soluções. Quem nunca foi gestor, aponta os erros e também afirma que pode acabar com alagamentos e queda de barreiras em quarto anos. Aparecem todos os tipos de sugestões, evidentemente necessárias, desde a construção de barragens, de muros de arrimo, de novas residências para acomodar quem mora em áreas de risco, ampliar a rede de escoamento de água, etc, etc, etc.
No entanto, a realidade é diferente e não há recursos próprios suficientes para mudar esse cenário a curto prazo. Municípios da RMR cresceram de forma desordenada e desproporcional. E continuam crescendo. Nas cidades que começam na beira dos rios, as enchentes tendem a se repetir todos anos. Por isso é fundamental que cada gestão municipal faça a sua parte, com obras e ações preventivas onde é possível. E os governos Estadual e Federal poderiam ser mais ágeis e menos burocráticos na liberação de verbas. Quando o dinheiro chega aos municípios é, no mínimo, dois anos depois das tragédias, às vésperas de outras acontecerem.
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