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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Compesa anuncia medidas emergenciais após mais de 50 mananciais estarem em nível crítico

Baixos níveis dos mananciais afetam municípios de todas as regiões; vejam medidas emergenciais da Compesa para conter crise hídrica

Do JAMILDO.COM - Cynara Maíra
charlesnasci@yahoo.com.br

A estiagem prolongada e o aumento das temperaturas afetam os níveis dos mananciais que abastecem várias regiões de Pernambuco. Segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), dos 172 reservatórios utilizados para consumo humano no estado, 54 estão em níveis críticos ou de alerta. A estiagem prolongada e o aumento das temperaturas afetam os níveis dos mananciais que abastecem várias regiões de Pernambuco.

Segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), dos 172 reservatórios utilizados para consumo humano no estado, 54 estão em níveis críticos ou de alerta: Reforço no fornecimento por carros-pipa, com nova etapa de credenciamento de pipeiros a partir de 02 de janeiro.
Reativação de captações antigas, como a do Rio Ipojuca.
Investimentos em adutoras e sistemas complementares, incluindo as Adutoras do Agreste e de Serro Azul.
Retrofits nos sistemas Pirapama e Gurjaú, além da conclusão de obras como o ramal para Caruaru, previsto para 2025.

Os calendários de rodízio para cada localidade entram em vigor em 03 de janeiro e podem ser consultados nos canais da Compesa. Em coletiva de imprensa, o presidente da Compesa, Alex Campos, destacou a importância do uso consciente da água. "A conscientização da população é essencial para atravessarmos esse momento. Estamos monitorando os mananciais e reavaliando constantemente os rodízios", afirmou.

Motivo da crise de abastecimento de água

O aumento das temperaturas acelerou a evaporação das águas dos mananciais e elevou o consumo em várias regiões, especialmente no Agreste e Sertão, áreas historicamente mais vulneráveis. A Barragem de Jucazinho, que abastece 15 municípios, opera com apenas 7% de sua capacidade, enquanto os sistemas Bita e Utinga, que atendem Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, registram níveis de 13% e 14%, respectivamente. No Agreste, a cidade de Águas Belas enfrenta situação crítica com o colapso da Barragem Lamarão, que atende parcialmente o município. Medidas emergenciais incluem a ativação de poços e a ampliação da capacidade de vazão.

Investimentos e soluções a longo prazo

O Governo de Pernambuco anunciou aportes significativos para resolver os problemas de abastecimento no estado. Entre as iniciativas, está a retomada da obra da Adutora do Agreste, com um investimento de R$ 30 milhões, beneficiando Águas Belas e outros municípios da região. Além disso, o Governo planeja reforçar o Sistema Jucazinho com mais de 24 obras para beneficiar cidades do Agreste, como Caruaru, Gravatá e Santa Cruz do Capibaribe.

Regiões afetadas e níveis críticos

Municípios do Sertão, Agreste, Zona da Mata e parte da Região Metropolitana do Recife estão entre os mais impactados. Em Gravatá, por exemplo, três das quatro barragens de nível estão em colapso. O Sistema Suape, que antes abastecia o Cabo de Santo Agostinho, agora depende do Sistema Pirapama, gerando um déficit de 120 litros por segundo. Com a aproximação da quadra chuvosa, prevista para março, a expectativa é que os níveis dos reservatórios comecem a se estabilizar. Enquanto isso, as ações emergenciais e estruturais visam garantir a continuidade do abastecimento e minimizar os impactos para a população