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quarta-feira, 28 de junho de 2017

BRASÍLIA: Danilo Cabral defende que Câmara acate denúncia contra Temer

Foto: Divulgação/Reprodução
Do SURUBIM NEWS
charlesnasci@yahoo.com.br

O deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) já deixou claro ser favorável à abertura do processo contra o presidente Michel Temer por acreditar que é preciso fazer uma apuração rigorosa dos fatos apresentados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Temer foi denunciado por corrupção passiva na última segunda-feira (26) com base na delação de executivos da JBS. "É uma denúncia grave, por isso, deve ser feito um amplo processo legal, assegurando o direito de defesa do presidente e o contraditório", afirma Danilo Cabral. Segundo o parlamentar, por ser o primeiro caso na história do Brasil em que um presidente é denunciado por corrupção no exercício do mandato, há dúvidas no Congresso Nacional sobre o rito a ser seguido. 

Enquanto aguardam o encaminhamento do Supremo Tribunal Federal (STF), membros da oposição se reuniram com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para cobrar que a tramitação na Casa tenha transparência para a sociedade. "É importante garantir a participação de todos os parlamentares tanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) como no Plenário", diz Danilo Cabral, que esteve presente no encontro. Ele comentou que a oposição pediu que a votação seja aberta para que a sociedade acompanhe a posição de cada parlamentar, que o procurador-geral Rodrigo Janot faça a defesa de sua peça na Câmara e que a votação em Plenário não ocorra durante o período do recesso.

"Nós defendemos que o Parlamento não pare num momento de crise como este, mas também acreditamos que a votação não deva ocorrer durante o período da suspensão do recesso, pois pode parecer que a Câmara esteja querendo facilitar a rejeição da denúncia", explica. Ao chegar à Câmara, a denúncia será analisada pela CCJ, em seguida, o relatório votado pelo colegiado será encaminhado ao Plenário. Suplente da CCJ, Danilo Cabral faz eco à posição do PSB que defende a renúncia do presidente Temer como forma de estancar a crise nacional. "Esta é apenas a primeira denúncia que deve chegar à Câmara, são esperadas mais duas – obstrução ao trabalho da justiça e formação de quadrilha. Não podemos continuar nessa paralisia que vive o País, a melhor saída seria a renúncia do presidente", frisa.

Com Assessoria de Danilo Cabral

terça-feira, 27 de junho de 2017

CORRUPÇÃO: Michel Temer é denunciado por corrupção e se torna primeiro presidente a responder por crime durante mandato

Janot acusa o peemedebista de atuar em conluio com o deputado Rodrigo Loures em crimes relatados pelo dono da JBS
Foto: Google Imagens/Reprodução
Do EL PAÍS
charlesnasci@yahoo.com.br

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta segunda-feira o presidente Michel Temer (PMDB) pelo crime corrupção passiva. O peemedebista se torna o primeiro presidente brasileiro no exercício do mandato a ser denunciado por um crime comum. Caso a denúncia seja autorizada pela Câmara dos Deputados, por 342 votos dos 513 parlamentares, e aceita pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Temer será afastado do mandato por até 180 dias. E se for condenado, pode ficar de 2 a 12 anos preso. Na denúncia, o procurador ainda pediu que Temer pague uma multa de 10 milhões de reais, como reparação de danos coletivos.

A investigação contra o chefe do Poder Executivo começou em maio passado, após um acordo de colaboração premiada firmado por diretores da JBS com o Ministério Público Federal. O empresário Joesley Batista, sócio da JBS, gravou um diálogo com o presidente no qual relatou o cometimento de uma série de crimes. Entre eles, o de comprar o silêncio do ex-deputado federal e aliado do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o de pagar propina a membros do Ministério Público de do Judiciário e o de tentar ter influência no Governo por meio de representantes da gestão federal. Mesmo diante de tantos relatos, Temer nada fez. Apenas o ouviu e concordou com a possibilidade de calar Cunha. Em pronunciamentos públicos, o presidente relatou que só queria se “livrar” de Joesley, a quem chamou de um "conhecido falastrão".

A denúncia contra Temer era esperada havia ao menos duas semanas. Um parecer de Janot constante do pedido manutenção de prisão de Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado e ex-assessor presidencial, já demonstrava que a acusação ocorreria. Loures ficou conhecido como o "deputado da mala" ao ser filmado carregando uma maleta com 500.000 reais em propinas paga por Joesley Batista. Esse valor, segundo a denúncia do procurador era para pagar Temer. Janot diz ainda que havia uma promessa de pagamentos ilícitos ao presidente que poderiam atingir os 38 milhões de reais. "A cena do parlamentar correndo pela rua, carregando uma mala cheia de recursos espúrios, é uma afronta ao cidadão e ao cargo público que ocupava. Foi subserviente, valendo-se de seu cargo para servir de executor de práticas espúrias de Michel Temer", diz a acusação do procurador.

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sábado, 24 de junho de 2017

PESQUISA: Popularidade de Temer cai para 7% e maioria de brasileiros quer renúncia

Este nível é inferior aos 13% que a ex-presidente Dilma Rousseff tinha antes de sofrer o impeachment
Em abril estes índices estavam em 61% e 28%
(Foto: Marcos Correa)
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

A popularidade do presidente Michel Temer caiu para 7%, o pior número para um presidente nos últimos 28 anos, e 65% dos brasileiros querem a sua saída diante da crise política que o cerca por acusações de corrupção, segundo pesquisa do Datafolha publicada neste sábado. Temer tinha 9% de aprovação antes de, em 17 de maio, ser revelada uma gravação em que parece dar o seu aval ao pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha e de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir uma investigação por corrupção, obstrução da justiça e organização criminosa. Este nível é inferior aos 13% que a ex-presidente Dilma Rousseff tinha antes de sofrer o impeachment.

A gestão de Temer é considerada ruim ou péssima por 69% da população e regular por 23%. Em abril estes índices estavam em 61% e 28%. Apenas o presidente José Sarney teve uma popularidade mais baixa do que a de Temer, 5% em setembro de 1989, em meio à crise da inflação no país. Pela primeira vez desde que Temer assumiu o poder, o Datafolha analisou o apoio a sua possível saída. Atualmente, 65% dos brasileiros acreditam que seria "o melhor" para o Brasil, enquanto 30% são a favor de sua permanência no cargo.

Embora Temer assegure ser vítima de um complô e tenha se negado a deixar a presidência, sua renúncia é defendida por 76% da população. Cerca de 20% é contra e 4% não soube responder. Se Temer não renunciar, uma porcentagem ainda maior - 81% - é a favor da abertura de um processo de impeachment. O Congresso tem 20 solicitações nesse sentido, apesar de o procedimento ser longo. E no caso do presidente deixar o poder por qualquer motivo, 83% dos brasileiros quer a realização de eleições diretas, enquanto somente 12% estão de acordo com eleições indiretas.

Se Temer cair, a Constituição estabelece que o Congresso deve escolher em um prazo de 30 dias a pessoa que irá substituí-lo para completar o mandato até o fim de 2018. E próxima semana será especialmente delicada para Temer. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar até terça-feira uma ou várias denúncias formais contra o presidente, que devem ser analisadas por dois terços da Câmara de Deputados. Se as denúncias forem validadas e aceitas pelo STF, Temer deverá se afastar do cargo por 180 dias. A pesquisa do Datafolha foi realizada entre quarta-feira (21) e sexta-feira (23) com 2.771 entrevistados, com uma margem de erro de 2%.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

“A desgraça tomou conta deste país”, diz Lula

O ex-presidente também declarou que mesmo "cometendo erros" Dilma foi eleita legitimamente
Foto: Facebook/Reprodução
Do LEIA JÁ
charlesnasci@yahoo.com.br

Durante a posse do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, em São Paulo, Lula fez duras críticas ao presidente Michel Temer (PMDB). O ex-presidente não ponderou ao continuar alfinetando. O petista, chamou o governo do peemedebista de "ilegítimo" e de "ditadura", além de criticar as reformas propostas. "Antes, toda desgraça era culpa do PT e da Dilma. Então, demonizaram o partido e a presidenta, tiraram a Dilma, colocaram o Temer e o que aconteceu? Aí que a desgraça tomou conta deste país", disparou. 

A solenidade aconteceu na noite desse domingo, em São Bernardo do Campo (SP). "Mas nós temos que dizer a eles que não tem que tirar direito de trabalhador e aposentado. Temos que fazer a economia crescer, gerar emprego, aumentar salários. Aí, a Previdência então vai dar conta", discursou. O presidente ainda declarou que "mesmo cometendo erros" a ex-presidente Dilma Rousseff havia sido eleita.

domingo, 11 de junho de 2017

CRISE: Temer ganha fôlego, mas crise segue, dizem aliados

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

Líderes da base aliada avaliam que o resultado do julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a favor do presidente dá um fôlego, mas não traz tranquilidade ao governo. Governistas afirmam que Temer seguirá ameaçado por eventual denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar contra ele com base na delação da JBS.

"Não acaba com a crise. Temos que monitorar se houver instabilidade para o País com fatos relevantes", afirmou o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP). Segundo ele, além da absolvição pelo TSE, a legenda vai levar em conta os "14 milhões de desempregados" que o País tem hoje, ao decidir sobre o desembarque ou não do governo. A decisão será tomada durante reunião marcada para esta segunda-feira.

Para o líder do PR na Câmara, José Rocha (BA), a absolvição de Temer pelo TSE é positiva para o governo, mas não encerra a crise política. "A cada dia podem surgir fatos novos. Estávamos na expectativa do TSE, agora da denúncia da PGR e continua a expectativa das delações, se o (doleiro Lúcio) Funaro vai delatar, se (o ex-assessor de Temer e suplente de deputado, Rodrigo) Loures, vai relatar", afirmou Rocha.

O líder do PSD, deputado Marcos Montes (MG), avaliou que o resultado do TSE melhora o cenário Temer, mas não o faz "navegar em mares calmos". Segundo ele, a decisão da corte dá a Temer uma "força relativa". "Ele vai ficar na corda bamba, mas vai se equilibrar", afirmou. Montes afirmou, porém, que dois fatos podem "afinar" a corda: o desembarque do PSDB e possíveis delações "bombásticas".

quarta-feira, 24 de maio de 2017

CRISE: Câmara contabiliza 12 pedidos de impeachment contra Temer

Supremo Tribunal Federal autorizou inquérito contra o presidente da República após denúncias; caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, analisar os pedidos
A tese de impeachment do presidente tomou
fôlego após ele se tornar alvo de um inquérito
no STF (Foto: Google Imagens/Reprodução)
Do LEIA JÁ
charlesnasci@yahoo.com.br

A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados divulgou um balanço, nesta quarta-feira (24), afirmando que o número de pedidos de impeachment protocolados contra o presidente Michel Temer (PMDB) já chega a 12. A admissibilidade das solicitações será averiguada pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Até o momento, o democrata não deu nenhuma sinalização de que analisaria os pedidos. 

Ao ser questionado por jornalistas na última segunda-feira (22) sobre o assunto, Maia disse que "a Câmara dos Deputados e sua presidência não serão instrumentos para desestabilização do governo". Segundo ele, "o Brasil já vive uma crise muito profunda para que a Câmara cumpra um papel de desestabilização maior". Na entrevista, Maia reconheceu ainda a gravidade da situação política e defendeu o compromisso da Câmara com a recuperação econômica, com a geração de empregos e com a redução da taxa de juros no país.

A tese de impeachment do presidente tomou fôlego após ele se tornar alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por obstrução da Justiça, organização criminosa e corrupção passiva. A Procuradoria-Geral da República apura denúncias dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS e outras empresas. Em uma conversa com Joesley, o presidente aparece dando um suposto aval para que seja mantida uma mesada que é paga para que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), fique em silêncio diante da investigação da Lava Jato.

terça-feira, 23 de maio de 2017

INVESTIGAÇÃO: Inquérito é aberto contra gestão de Ana Célia por possíveis irregularidades

Foto: Lulu/Surubim News
Do SURUBIM NEWS
charlesnasci@yahoo.com.br

Em abril, o PSOL de Surubim denunciou a gestão de Ana Célia de Surubim junto ao Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado, por possíveis irregularidades na contratação com dispensa de licitação e superfaturamento na compra de combustível para veículo automotor. Vale lembrar que o vereador Vavá fez denúncia similar, semanas atrás. "Recentemente, a promotora do caso, Kívia Roberta de Souza Ribeiro, fez concluso o inquérito. Pelo que já foi colhido, há de fato, fortes indícios de irregularidades e fraudes. As investigações estão sendo feitas e uma apuração final deve ser divulgada em breve", explica o presidente do PSOL em Surubim, o advogado Alex Fernando.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

INVESTIGAÇÃO: Lula é denunciado pelo MPF por corrupção e lavagem de dinheiro no sítio de Atibaia

Além do ex-presidente, outras 12 pessoas foram citadas, incluindo os empresários Marcelo e Emílio Odebrecht
Foto: Fernando Donasci/Reuters
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou nesta segunda-feira, 22, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do Sítio de Atibaia, interior de São Paulo. Além do ex-presidente, também foram denunciados outros 12 investigados. A denúncia refere-se à suposta propina de pelo menos R$ 128.146.515,33 pagas pela Odebrecht, em quatro contratos firmados com a Petrobras, bem como a vantagens indevidas de R$ 27.081.186,71, pagas pela OAS, em três contratos firmados com a estatal.

A Procuradoria da República, no Paraná, acusa Lula de "estruturar, orientar e comandar esquema ilícito de pagamento de propina em benefício de partidos políticos, políticos e funcionários públicos com a nomeação, enquanto presidente da República, de diretores da Petrobras orientados para a prática de crimes em benefício das empreiteiras Odebrecht e OAS". A denúncia do Ministério Público Federal atribui ao petista "propina para o seu benefício próprio consistente em obras e benfeitorias relativas ao sítio de Atibaia custeadas ocultamente pelas empresas Schahin, Odebrecht e OAS".

Como nas outras duas denúncias da força-tarefa, no Paraná, a Procuradoria aponta Lula "como o responsável por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar assentada na distribuição de cargos públicos na Administração Pública Federal". A denúncia afirma que o esquema ocorreu nas mais importantes diretorias da Petrobras, mediante a nomeação de Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró, respectivamente, para as diretorias de Abastecimento, de Serviços e Internacional da estatal. Por meio do esquema, estes diretores geravam recursos que eram repassados para enriquecimento ilícito do ex-presidente, de agentes políticos e das próprias agremiações que participavam do loteamento dos cargos públicos, bem como para campanhas eleitorais movidas por dinheiro criminoso.

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domingo, 21 de maio de 2017

OPINIÃO: Que país é esse?

Depois de passar por um processo de impeachment exaustivo, Brasil pode perder outro presidente em pouco mais de um ano
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Do DIARIO DE PERNAMBUCO (Aline Moura)
charlesnasci@yahoo.com.br

Há três anos, o brasileiro tem a sensação de que os dias são todos iguais, com o dinheiro entrando em malas da classe política para sair do bolso dos trabalhadores. A crise que começou em 2014, no mesmo ano de reeleição da então presidente Dilma Rousseff (PT), assumiu proporções sem precedentes para a geração atual. O Brasil enfrenta convulsões políticas e econômicas sem trégua. Depois de passar por um processo de impeachment, que começou em 2015 e terminou em 2016, o país assiste à ameaça de queda do presidente, Michel Temer (PMDB), e à derrocada do maior símbolo da oposição ao PT na última disputa presidencial, o senador Aécio Neves (PSDB). Fundamental para o funcionamento da sociedade, a política brasileira está sem referências.

Estamos em maio de 2017. Dilma não perdeu os poderes sozinha depois de ser afastada do cargo. Seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, responde a cinco inquéritos da Polícia Federal. Aécio Neves viu a irmã e guru política, Andrea Neves, ser presa no último dia 18. E Temer foi gravado por um executivo da JBS, um dos homens mais poderosos do país, e escuta confissões de crimes sem reagir. O empresário Joesley Batista conta a Temer que pagava propina a Eduardo Cunha (PMDB), ressalta ter um procurador público em suas mãos e revela como está tentando barrar a Lava-Jato. O que o presidente faz? Comunica as autoridades depois? Reage? Não.

Até está sexta-feira, o presidente conseguiu conter a debandada de sua base política, mas não houve defesas enfáticas de seu governo. As ruas protestam, as redes sociais enfrentam a crise com memes bem-humorados - uma reação que se fortaleceu desde a derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo -, mas as brigas entre amigos também continuam. São três anos de queda de líderes políticos. É como se as peças de um boliche estivessem sendo acertadas por um iniciante. A bola chega aos pinos de forma aleatória. Os alvos são todos brancos, iguais. Só estão em posições diferentes.

CRISE: Suspense político atinge obras em Pernambuco

Com as incertezas no cenário político do Brasil, projetos importantes para o Estado podem ser paralisados
Arco Metropolitano (Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco)
Da FOLHA DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

O suspense no cenário político pode influenciar obras por todo País que dependem de recursos e decisões do Governo Federal. Em Pernambuco, o Arco Metropolitano, por exemplo, havia recebido recentemente um aceno da União para liberação de aportes. Agora, o futuro da via de 90 quilômetros, projetada para desafogar o trânsito da BR-101 e facilitar a logística das empresas da Mata Norte a Suape, e de outros projetos, fica à mercê do resultado no jogo do poder. 

Especialistas apontam que a renúncia e ou impeachment do presidente Michel Temer poderia paralisar vários projetos. Essa paralisia pode infectar, inclusive, os que ainda estão por acontecer, como os arrendamentos do Porto de Suape e os previstos dentro do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) - 89 projetos, dentre os quais 45 já foram licitados.

Secretário especial do PPI, Adalberto Vasconcelos, garantiu que o governo pretende manter o cronograma de leilões e estudos para concessões, apesar da crise política. "Independente do que acontecer, nada disso afeta o PPI”, argumentou. Economista e professor de Cenários Econômicos da Faculdade Guararapes (FG), Tiago Monteiro discorda. “A instabilidade do ambiente político faz todos segurarem o capital e somente isso já prejudica a atração de investidores para os projetos do PPI”, pondera. A “incerteza prejudica as decisões das empresas”, valida o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PE), José Antônio de Lucas Simón.

Dentro do pacote do PPI do Governo Federal, Pernambuco foi contemplado apenas com o adensamento do terminal portuário de Decal, em Suape, lotes de linhas de transmissão e a desestatização de serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, realizados pela Compesa. O Estado esperava engrossar essa lista incluindo também a concessão das BRs 232,101 e 48 e o Aeroporto do Recife. Também era esperada a retomada da independência para licitações em Suape, a partir de assinatura de um decreto federal, a qual deveria ter ocorrido na última sexta-feira, em Pernambuco. A agenda foi cancelada depois da divulgação das denúncias envolvendo o presidente.

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NOTA: "Vivo do meu salário", diz Paulo Câmara ao negar irregularidade e condenar uso político da delação

Governador divulgou nota na qual afirma que as doações da campanha "foram feitas na forma da lei, registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral"
Foto: Google Imagens/Reprodução
Da FOLHA DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

O governador Paulo Câmara (PSB) divulgou nota em que condena a "exploração política" do depoimento do diretor de Relações Institucionais da Holding J&F Ricardo Saud, que ele diz não corresponder à verdade. "Não recebi doação da JBS de nenhuma forma. Nunca solicitei e nem recebi recursos de qualquer empresa em troca de favores. Tenho uma vida dedicada ao serviço público. Sou um homem de classe média, que vivo do meu salário", diz o governador, na nota.

O texto acrescenta que no documento que sintetiza a delação, o próprio delator afirma (no anexo 36, folhas 72 e 73) que nas doações feitas ao PSB Nacional "não houve negociação nem promessa de ato de ofício". "Significa que jamais houve qualquer compromisso de troca de favores ou benefícios. Desta forma, é completamente descabido o uso de expressões como ‘propina’ ou ‘pagamento’", diz o texto. Finaliza afirmando que todas as doações da campanha “foram feitas na forma da lei, registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral".

Leia a íntegra da nota:

"Venho repudiar, veementemente, a exploração política do depoimento do delator Ricardo Saud, que, já antecipo, não corresponde à verdade. Não recebi doação da JBS de nenhuma forma. Nunca solicitei e nem recebi recursos de qualquer empresa em troca de favores. Tenho uma vida dedicada ao serviço público. Sou um homem de classe média, que vivo do meu salário.

Como comprovará quem se der ao trabalho de ler o documento que sintetiza a delação, o próprio delator afirma (no anexo 36, folhas 72 e 73) que nas doações feitas ao PSB Nacional "não houve negociação nem promessa de ato de ofício", o que significa que jamais houve qualquer compromisso de troca de favores ou benefícios. Desta forma, é completamente descabido o uso de expressões como "propina" ou “pagamento”.

Reafirmo a Pernambuco e ao Brasil que todas as doações para a minha campanha foram feitas na forma da lei, registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral".

Paulo Câmara
Governador de Pernambuco

CRISE: OAB decide entrar com pedido de impeachment de Temer

A comissão especial da entidade disse que ele deve ser afastado por ter cometido crime de responsabilidade
Foto: Divulgação/Reprodução
Do LEIA JÁ, com EBC
charlesnasci@yahoo.com.br

O conselho pleno da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou, na madrugada deste domingo (21), por 25 votos a 1, entrar na Câmara dos Deputados com pedido de impeachment do presidente Michel Temer. A comissão especial da entidade disse que ele deve ser afastado por ter cometido crime de responsabilidade. Em nota, o presidente da OAB, Carlos Lamachia, lembra que a instituição cumpre seu papel, "mesmo que com tristeza, porque atua em defesa do cidadão".

Para os membros da comissão especial da OAB, Temer incorreu em crime de responsabilidade ao não informar às autoridades competentes o teor de parte da conversa que teve com o empresário Joesley Batista, dono da JBS, no Palácio do Jaburu. Joesley gravou a conversa e entregou cópias do áudio à Procuradoria-Geral da República, com quem firmou acordo de delação premiada, já homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a OAB, Temer faltou com o decoro ao se encontrar com um empresário alvo de diversas investigações em curso, sem registro em sua agenda e prometido agir em favor de interesses particulares. Na quinta-feira (18), o ministro do STF Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito, pedido pela Procuradoria-Geral da República, para investigar o caso. Em pronunciamento na tarde desse sábado (20), o presidente Michel Temer disse que vai pedir ao STF a suspensão do inquérito até que seja verificada a autenticidade da gravação feita pelo empresário Joesley Batista.

Durante a reunião, concluída nas primeiras horas da madrugada desse domingo (20), os advogados Gustavo Mendes e Carlos Marun, que também é deputado federal, pediram mais prazo para que a defesa do presidente possa apreciar o voto proferido pelo conselheiro federal, Flávio Pansieri. A Lei do Servidor Público prevê em seu Artigo 116 que é dever levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

CRISE: "O pós-Temer é o que se discute em Brasília", diz Danilo Cabral

Foto: Divulgação/Reprodução
Do SURUBIM NEWS
charlesnasci@yahoo.com.br

"O sentimento em Brasília é de que o governo Michel Temer acabou", afirmou o deputado federal Danilo Cabral (PSB). Segundo ele, neste momento, o que se discute é o pós-Temer, se a escolha do novo presidente da República se dará de forma direta ou indireta. "A base do governo está se deteriorando e a situação dele está insustentável", acrescentou. O parlamentar disse que há uma forte expectativa de Temer renuncie ao cargo ainda hoje.

"Não há mais dúvidas de que o presidente vai sair, só resta saber se o afastamento do presidente pode ocorrer por renúncia, através do impedimento ou ainda como resultado do processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral. A partir disso, temos que ver quais serão os desdobramentos”, disse Danilo Cabral. Ele lembra que a Constituição tem suas previsões legais para o caso do afastamento do presidente. "A previsão é de que seja convocada eleição indireta, mas há um forte debate para a convocação de eleição direta, ao qual me incorporo", destacou.

Danilo Cabral diz que o País vive uma profunda crise de legitimidade, o que poderia inviabilizar uma disputa indireta. "A devolução dessa legitimidade não se dará através da escolha de um presidente por via indireta num Congresso sob qual a sociedade tem ampla suspeição sobre ele. A devolução da legitimidade só se dará por voto direto", frisou. O deputado ressaltou que há um Projeto de Emenda Constitucional, do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), em tramitação na Câmara que prevê a eleição direta em caso de vacância da Presidência da República.

Da Assessoria de Danilo Cabral.

DELAÇÃO: Oposição cobra explicação imediata de Paulo Câmara sobre denúncia de propina

Governador é acusado por delator da JBS de receber propina durante a campanha de 2014
Líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB),
convocou reunião de emergência da
bancada para a próxima segunda-feira (22)
(Foto: Alepe/Reprodução)
Do JC ONLINE
charlesnasci@yahoo.com.br

Em conversa com o JC na tarde desta sexta-feira (19), o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB), cobrou uma explicação imediata do governador Paulo Câmara (PSB) e do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), às denúncias de pagamento de propina do diretor da JBS, Ricardo Saud. "Fica cada vez mais comprovado que o PSB usou dinheiro de propina e de caixa dois nas campanhas em Pernambuco", afirmou Silvio. "A oposição exige que os dois, em respeito ao Recife e ao povo de Pernambuco, possam responder sobre essa delação da JBS", cobrou.

Veja o vídeo da delação:

     

REUNIÃO EMERGENCIAL

Por enquanto, a oposição não adianta que medidas vai tomar em relação a delação. Uma reunião emergencial da bancada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi convocada para a próxima segunda-feira (22). Por mais que sejam graves as acusações, a ideia é agir com paciência e aguardar as defesas de Paulo e Geraldo em relação às denúncias; antes de pensar em medidas mais drásticas.

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LAVA JATO: Delator da JBS diz que pagou propina para Paulo Câmara, Geraldo Júlio e FBC

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Após a morte de Eduardo Campos, Geraldo Julio teria procurado diretor de JBS para cobrar propina a campanha de Paulo Câmara
Delator diz que negociou pagamento de
propina em dinheiro vivo para a campanha
 de Paulo Câmara em 2014
(Foto: Guga Matos/JC Imagens)
Do JC ONLINE
charlesnasci@yahoo.com.br

Diretor da JBS, o delator Ricardo Saud afirmou, em delação a força-tarefa da Lava Jato, que negociou o pagamento de propina na campanha de 2014 com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e com o prefeito do Recife, Geraldo Julio; ambos do PSB. Tudo começou com um acerto para pagar R$ 15 milhões para a campanha presidencial do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014. A delação envolve também o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). "Exatamente no dia que ele faleceu, eu estava com o Henrique que era a pessoa dele que ele mandava... Ou o Henrique, ou o Paulo Câmara ou o Geraldo Júlio para ir lá tratar da propina", afirma Saud.

Confira o momento da delação:

    

No início, a JBS queria pagar apenas o que foi combinado com o ex-governador. "Nós chegamos ao meio termo que íamos pagar para não atrapalhar a campanha do Paulo Câmara. E ainda darmos uma propina para o Paulo Câmara em dinheiro vivo lá em Pernambuco", afirma. Após a morte de Eduardo, Saud conta que foi procurado por Geraldo Júlio pedindo para que fosse honrado o pagamento do que havia sido negociado com Eduardo. O objetivo era vencer a eleição pelo Governo de Pernambuco.

FBC - Segundo o delator da JBS, o senador Fernando Bezerra Coelho também se favoreceu do acordo. Ele indicou uma empresa que teria pago R$ 1 milhão em 02 de setembro de 2014. "O Fernando Bezerra foi beneficiado. Essa nota fiscal aqui de R$ 1 milhão foi para ele", afirma Saud. As informações vieram a tona com a divulgação pela Justiça dos vídeos das delações; que atingiram fortemente o presidente Michel Temer (PMDB).

LAVA JATO: JBS mantinha conta na Suíça com R$ 300 milhões em propina do PT

Dinheiro era gerado por vantagens ilegais obtidas pela JBS no BNDES, durante as administrações de Lula e Dilma; recursos serviram para bancar despesas do ex-presidente e pagar laranjas indicados pelo partido
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(Foto: Alan Marques/Folhapress)
De ÉPOCA
charlesnasci@yahoo.com.br

A JBS depositou cerca de R$ 300 milhões em propina devida ao PT numa conta secreta controlada por Joesley Batista na Suíça, cuja empresa de fachada, titular oficial da conta, era sediada no Panamá. O saldo dessa conta de propina era gerado aos poucos, em razão de vantagens ilegais obtidas pela JBS junto ao BNDES, sempre na gestão do PT – especialmente nos anos em que Luciano Coutinho presidia o banco. Era uma conta-corrente de propina dividida, nas planilhas da JBS, entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Joesley Batista, presidente da JBS
(Claudio Belli/Valor/Agência O Globo)
As informações foram encaminhadas por Joesley à Procuradoria-Geral da República. Segundo disse Joesley, o dinheiro era sacado, no Brasil, em nome de Lula e por ordem de Lula, às vezes por meio de Guido Mantega – e também em campanhas do PT em 2010 e 2014. Os recursos eram entregues em espécie, depositados em contas de laranjas indicados pelo partido e pelo ex-presidente e, também, transferidos oficialmente para contas oficiais de campanhas. Parte expressiva desse bolo foi usada para comprar o apoio de partidos pequenos na campanha de Dilma em 2014.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

ÁUDIOS: Ouça as conversas do dono da JBS com Michel Temer

Delação de Joesley Batista provoca maior crise no Governo que nasceu do impeachment
Temer e Joesley, em 2012 (R. C./VICE-PRESIDÊNCIA)
Do EL PAÍS Brasil
charlesnasci@yahoo.com.br

O Supremo Tribunal Federal liberou o áudio da conversa entre o magnata da JBS, Joesley Batista, e Michel Temer, parte do acordo do empresário de colaboração com a Lava Jato. A conversa tem cerca de 40 minutos. No mesmo trecho em que fala de cultivar boas relações com Eduardo Cunha, ex-deputado preso em Curitiba, o magnata fala ao presidente: "Consegui um procurador dentro da força-tarefa". O procurador em questão é Ângelo Goulart Villela, que foi preso e afastado das funções nesta quinta-feira.

    

CRISE: Movimentos marcam protesto para o próximo domingo

Foto: Google Imagens/Reprodução
Da EXAME
charlesnasci@yahoo.com.br

Movimentos estão marcando protestos em todo o País. O "Vem Pra Rua" se mobiliza pela internet para uma manifestação em todo o País no próximo domingo, 21, pedindo a prisão do presidente Michel Temer. Uma lista de pelo menos 14 cidades já foi divulgada, com locais e horários para os protestos. Em São Paulo, as manifestações estão marcadas para as 14 horas, na avenida Paulista. No Rio de Janeiro, a partir das 10 horas, no Posto 5, em Copacabana. Em Brasília, o horário previsto é 10 horas, em frente ao Congresso Nacional.

O "Vem Pra Rua" foi um dos movimentos mais atuantes nas manifestações que pediam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O Movimento Brasil Livre (MBL), que também cresceu na onda do impeachment, pede agora a renúncia de Michel Temer. É a primeira vez que o MBL se posiciona dessa maneira contra Temer. Quando os movimentos atuaram para organizar as manifestações de 26 de março, em defesa da Lava Jato e contra a corrupção e a impunidade, Rogerio Chequer, fundador e líder do Vem Pra Rua, fez questão de deixar claro que o objetivo não era atingir Temer.

"As manifestações não serão para detonar o governo Temer, mas contra a corrupção, a impunidade e em defesa da renovação da política velha", afirmou naquela ocasião. Chequer divulgou novo vídeo para as manifestações do próximo domingo. "Estamos indo às ruas para pedir a prisão de todos os corruptos, não importa o partido, não importa o Estado, não importa a origem. Se cometeu crime, tem que ir para a prisão", declarou.

NA INTERNET: Luciano Huck apaga fotos com Aécio de suas redes sociais

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do LEIA JÁ
charlesnasci@yahoo.com.br

O apresentador da Globo Luciano Huck apagou das redes sociais todas as imagens em que aparecia ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), após denúncias da JBS. Quem percebeu a ação foram os seguidores do apresentador, no Instagram. No Twitter, os internautas aproveitaram para criar memes e brincar com o caso. "Que feio apagar as fotos do seu melhor amigo!!", disse um deles. Outro foi ainda mais duro: "Não sei quem foi pior. Colocar a foto, apoiar o ladrãozinho ou deletar a foto. De qualquer jeito, as 3 coisas falam que tipo de pessoa é você".

Nas eleições de 2014, o apresentador declarou apoio ao candidato à presidência e esteve com ele em momentos cruciais da campanha. Uma das imagens mais conhecidas das duas figuras é a que Huck está na casa do senador acompanhando a apuração dos votos para a corrida presidencial, quando a vitória de Dilma Rousseff (PT) foi anunciada.

NOTA: Aécio pede afastamento da presidência do PSDB

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

O senador Aécio Never (PSDB-MG) divulgou na tarde desta quinta-feira sua saída oficial da presidência do PSDB. A decisão foi feita após ter afastamento autorizado pelo Supremo Tribunal Federal.

Confira na íntegra a nota de Aécio:

Em razão das ações promovidas no dia de hoje contra mim e minha família, quero afirmar que, a partir de agora, minha única prioridade será preparar minha defesa e provar o absurdo dessas acusações e o equívoco dessas medidas. Me dedicarei diuturnamente a provar a minha inocência e de meus familiares para resgatar a honra e a dignidade que construí ao longo de meus mais de trinta anos de vida dedicada à política e aos mineiros em especial. O tempo permitirá aos brasileiros conhecer a verdade dos fatos e fazer ao final um julgamento justo.


Para isso, decidi licenciar-me hoje da Presidência do PSDB que ocupo há mais quatro anos com extrema honra e dedicação. O Brasil precisa que o PSDB continue a ser o fiador das importantes reformas que vêm mudando o país. Depois de ouvir inúmeros companheiros e seguindo o que determina o nosso Estatuto, estou apresentando à Executiva o nome do senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, para assumir nessa interinidade a presidência do partido.

Estou seguro de que, sob seu comando, com o apoio de nossos governadores e prefeitos, de nossas bancadas no Senado e na Câmara, dos nossos diretórios estaduais, de nossos líderes municipais e de todos nós, ele fará o partido seguir de forma firme e corajosa sua vitoriosa trajetória. Aguardarei com firmeza e serenidade que as investigações ocorram e estou certo de que, ao final, como deve ocorrer num país onde vigora o Estado de Direito, a verdade prevalecerá e a correção de todos os meus atos e de meus familiares será reconhecida.