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domingo, 2 de janeiro de 2011

Os desafios - maiores - do novo governo Eduardo Campos

A busca de viabilização nacional, para um político com aspirações maiores como Eduardo, passa pela manutenção dos bons índices de popularidade (Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem)

DO JORNAL DO COMMERCIO - 2 DE JANEIRO DE 2011

charlesnasci@yahoo.com.br

O desafio do governador Eduardo Campos para 2011 será cada vez maior, tanto do ponto de vista político como administrativo.

Na área administrativa, Eduardo deve deitar e rolar, ainda colhendo os frutos positivos da atração de grandes projetos na cabeça do eleitor.

Para sua sorte e dos pernambucanos, os vários projetos estruturadores que estão sendo tocados vão lhe garantir dinheiro em caixa de sobra. Construção e serviços, com mão de obra em alta e pagamento de impostos, estão recolhendo impostos como nunca. A arrecadação tem subido. O próprio governador Eduardo Campos, no lançamento da pedra fundamental da Fiat, disse que, em 10 anos, o PIB de pernambuco vai dobrar.

Assim, o desafio continua sendo a gestão ou a consolidação da gestão socialista à frente do Governo de Pernambuco. Depois de conseguir avanços na segurança, na saúde e na educação, as demandas nessas área não serão menores, considerando-se a mudança de patamar que o Estado deve experimentar com mais empresas e projetos.

Um exemplo prático. Uma coisa é colocar bancas nas escolas, pintar paredes e colocar mais professores. Outra - a consolidação dessas ações- é oferecer um ensino que seja reconhecido como de qualidade. 

Outro exemplo prático é a área de saneamento e abastecimento de água. Depois de resolver o problema da adutora que traria água para a Região Metropolitana do Recife, acabando com o histórico problema de abastecimento, continuamos na mesma porque os canos estão estourando em toda parte, com a pressão mais forte.

Mesmo o Pacto pela Vida, de combate à violência, não pode ser descurado, tido como problema já resolvido, uma vez que agora, em 2010, mais de 3 mil pessoas ainda foram mortas de forma violenta, em homicídios. O caminho pode ter sido dado, mas falta percorrer um longo percurso, que exige investimentos e atenção permanentes.

Na área de saúde, depois de investir em obras de pedra e cal, com a construção de novos hospitais, depois de mais de 40 anos, espera-se uma resposta mais eficaz ao problema do crack, que avança até pelo interior. O problema virou epidemia, sem que as autoridades públicas tenham feito algo notável no combate ao mal.

RECIFE, BRASIL - Na agenda política, o principal desafio será a busca da consolidação política do PSB. Depois do sucesso das eleições estaduais, a cereja do bolo é a Prefeitura da Cidade do Recife. Com alta popularidade, não resta dúvida que Eduardo vai partir para cima dos prefeitos, mas a cadeira que mais interessa é a tomada da prefeitura do PT.

O plano A de Eduardo é Danilo Cabral, colocado em evidência com uma secretaria com grande capilaridade e recursos. A oposição não demonstra até aqui força para tomá-la, e João Paulo, outra liderança da esquerda, está completamente isolado no partido. Há o entendimento de que João da Costa é carta fora do baralho, com uma gestão que não conta com boa avaliação, mesmo sendo de continuidade.

Ainda no plano político, nem a perspectiva de desgates com os problemas de gestão na Fundarpe e Empetur o governador pode ter mais. Primeiro, com força no TCE, conseguiu a postergação do julgamento dos casos, para não estragar o Natal e o Ano Novo da Fiat. Depois, com a reforma do secretariado, deu o golpe de mestre. Luciana Azevedo já disse de público que não saía. O Partido dos Trabalhadores, tentando lavar as mãos, afirmou, por meio de seu presidente, Jorge Perez, que ela não era indicação do partido. Eduardo então colocou o PT na Secretaria de Cultura, que, em tese, manda na Fundarpe. Resultado: quem vai ter que cortar a cabeça dela é o PT.

A busca de viabilização nacional, para um político com aspirações maiores como Eduardo, passa pela manutenção dos bons índices de popularidade. Entre os socialistas, há o entendimento de que o povo de Pernambuco é que vai dizer ao Brasil que Eduardo está preparado para voos mais altos. É nisto que o governador está focado.

Para que o trem não desande, o socialista terá que mostrar toda a sua grande habilidade política. A principal preocupação é não permitir que a base de sustentação pelos aliados rache e quebre, como aconteceu com Jarbas Vasconcelos, com a criação do tal GI, Grupo dos Independentes. Era gente como Armando Neto, José Chaves e outros como Inocêncio Oliveira, que hoje orbitam em torno do governo do PSB. Quando crescem em demasia, as alianças políticas costumam gerar insatisfações - não dá para contentar a todos. Um aliado insatisfeito em 2012 pode rebelar-se em 2014, estourando de vez o equilíbrio do condomínio liderado pelo socialista.

Nunca antes na história deste país

Primeira presidente mulher do Brasil diz que vai honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos (Foto: Yahoo Brasil Notícias)
DO DIARIO DE PERNAMBUCO - 2 DE JANEIRO DE 2011
charlesnasci@yahoo.com.br
A vida, lembrou a nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é assim: "Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta". Ao recorrer ao conterrâneo Guimarães Rosa, ela encerrou: "O que a vida quer da gente é coragem". Desde as 16h49 de ontem (horário de Brasília), quando recebeu a faixa presidencial das mãos do agora "ex" Luiz Inácio Lula da Silva, a vida de Dilma esquentou e apertou. Desinquietou de vez. E, acima disso tudo, vai demandar excesso de coragem.
Pela primeira vez em 121 anos de República Federativa do Brasil, do alto dos seus quase 56 milhões de votos, uma mulher foi empossada presidente. "A vontade de mudança de nosso povo levou um operário à Presidência. A força dessas transformações permitiu que vocês tivessem uma nova ousadia, colocar pela primeira vez uma mulher na Presidência do Brasil", destacou.

Mas a coragem a que se referiu Dilma ultrapassa as barreiras do gênero. No primeiro dia do resto da sua vida, aquele em que, enfim, começou a se desvincular da imagem de Lula, a presidente do país reforçou suas convicções na continuidade - palavra recorrente nos dois discursos proferidos durante as solenidades de ontem, tanto no Congresso Nacional quanto no Palácio do Planalto. Continuidade com personalidade própria, ao que tudo indica. Ontem mesmo, ela abordou questões importantes da sua futura administração, como a solidificação da classe média, erradicação da pobreza e ampliação do ProUni.


"Não venho para enaltecer minha biografia, mas para glorificar cada mulher brasileira. Meu compromisso é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos", discursou. Mas Dilma tem consciência de que a tarefa não é simples. O "governar para todos" significa dar sequência à superlativamente aprovada gestão Lula. "Um presidente que mudou a forma de governar. E minha missão agora é consolidar essa passagem", admitiu.

O que Lula serviu e ainda servirá para o bem, neste novo governo Dilma, também servirá para um mal perigoso e, de certa forma, inevitável: o da comparação. A primeira de muitas estampou-se claramente no gramado da Esplanada dos Ministérios: aproximadamente 30 mil pessoas acompanharam a cerimônia de posse, menos de um quarto da multidão que saudou a chegada do ex-metalúrgico ao Planalto em 2003.

Com aprovação pessoal na casa dos 87% e um modo peculiar de governar, com o qual a população se identificava facilmente, Lula fez esforço para não roubar a cena ontem. Tanto que retirou-se rapidamente, logo após a transmissão da faixa. Mas nem isso foi suficiente. Acabou sendo dele a imagem mais emocionante do dia, quando atravessou a rua que separa o Planalto da Praça dos Três Poderes, para, emocionado, despedir-se do povo. "Conviver todos esses anos com o presidente Lula me deu a dimensão do que é um líder apaixonado pelo seu povo. A alegria que sinto pela minha posse se mistura com a emoção de sua despedida", havia ressaltado Dilma minutos antes.

A transmissão de cargo na Presidência da República marcou também uma mudança clara de estilo. Se Lula, mais emotivo do que nunca,pontuou sua gestão pela espontaneidade, Dilma permite-se raros arroubos. Ontem, limitou-se a dois. Um no discurso do Congresso, quando chorou ao referir-se àqueles que combateram a ditadura, e outro já no Planalto, quando em um gesto não previsto pelo protocolo, beijou a bandeira brasileira que era segurada por um dos militares. Uma terceira ousadia também pôde ser notada. Em seu primeiro dia, ela já inaugurou um novo bordão. Sai o "companheiros e companheiras" e entra o "queridos brasileiros, queridas brasileiras".

A primeira mulher presidente do Brasil, cuja a trajetória desinquietou de vez a partir de ontem, parece entender que a nova vida vai lhe cobrar um pouco mais do que apenas coragem.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Deputados eleitos mais votados em Casinhas nas últimas eleições participam de confraternização no Diogo


“Gostaria de deixar uma mensagem de agradecimento ao povo de Casinhas pela confiança que recebemos manifestada nas urnas. Da mesma maneira, agradecer às suas lideranças, em especial ao prefeito João Camêlo e aos vereadores. Vamos devolver esta confiança que nos foi depositada com muito trabalho”, declarou o deputado estadual eleito Pedro Serafim Neto para o +CASINHAS.COM (Foto: Charles Nascimento)

“Qualquer debate sobre 2014 é precipitado. Seja em Brasília ou em Pernambuco, o que temos que fazer a partir de agora é honrar com muito trabalho a confiança que o povo nos deu”, declarou o deputado federal eleito e futuro secretário das Cidades de Pernambuco, Danilo Cabral, com exclusividade para o +CASINHAS.COM (Foto: Charles Nascimento)

DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM

charlesnasci@yahoo.com.br

Os deputados eleitos Danilo Cabral (PSB) e Pedro Serafim Neto (PDT) – federal e estadual, respectivamente – participaram, na última quinta (23), da já tradicional confraternização de fim de ano promovida pelo vereador Walter Borges (PMN) em sua residência, no Diogo.

Políticos de toda região participaram do concorrido encontro, a exemplo do prefeito de Casinhas, João Camêlo, do ex-prefeito de Surubim, Humberto Barbosa, do vice-prefeito de Casinhas, Lamartine Leal, da ex-vice-prefeita de Surubim, Ana Célia Farias, além dos vereadores José Geraldo (Frei Miguelinho), Bomba e Véia de Aprígio (Surubim), Everaldo Barbosa e Florisvaldo Barbosa (Casinhas) e da presidente eleita da Câmara Municipal deste município, Maria Pires.

A reportagem do +CASINHAS.COM também anotou as presenças do ex-deputado estadual e ex-presidente do TCE, Adalberto Farias, do atual secretário de Educação de Pernambuco, Nilton Mota, do promotor Rinaldo Jorge, do secretário municipal de Bom Jardim, Dioclécio Barbosa, além do secretário do município de Casinhas, Ivson Barbosa (Administração e Finanças) e das secretárias Verônica Geriz (Educação), Gláucia Barbosa (Infra-estrutura) e Dalva Marcos (Assistência Social). A festa foi animada pelo forrozeiro Belo Sanfoneiro.

Na ocasião, nossa reportagem conversou com os dois deputados eleitos. Pedro Serafim Neto comentou que estava muito feliz por ter sido o postulante à Assembléia Legislativa do Estado mais votado de Casinhas nas últimas eleições. “Estou bastante feliz por ter sido majoritário neste município. O povo de Casinhas me honrou com uma expressiva votação e o compromisso de me tornar o seu representante na Assembléia. Prometo que irei lutar por mais oportunidades para o povo desta terra”, afirmou. “Eu me identifiquei muito com o povo daqui. É um povo hospitaleiro e acolhedor. A votação, as pessoas, o acolhimento, enfim, me considero um deputado desta terra também por identificação”, ressaltou.

Já Danilo Cabral, que foi nomeado na última segunda-feira (27) pelo governador Eduardo Campos (PSB) para assumir a pasta das Cidades, falou sobre as especulações da imprensa pernambucana que já davam como certa a sua indicação para compor o novo secretariado do governo estadual. “Nossa vontade individual é cumprir o nosso mandato, porque foi essa a tarefa que o povo nos deu. Entretanto, o exercício da política não é um ato pessoal, mas coletivo. Eu faço parte do grupo político do governador Eduardo Campos, com quem tenho uma relação de 25 anos juntos, e nós iremos cumprir a tarefa que ele entender que seja mais importante para Pernambuco”, declarou com exclusividade para o +CASINHAS.COM.

“Na verdade, o roteiro que foi traçado pelo governador para definir sua equipe estava pendente também da definição da participação do PSB no governo da presidenta Dilma. Esta definição aconteceu na ultima terça (21) com a confirmação de Bezerra Coelho (ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado) na Integração Nacional. A expectativa é que até a próxima terça o governador convoque e anuncie os novos membros da sua equipe”, informou.

Sobre as ações do governador em Casinhas e em todo o interior do Estado nos últimos quatro anos, Danilo afirmou que “na verdade isso é o cumprimento da palavra dada por Eduardo em 2006, que era a de construir um Pernambuco integrado e que tivesse, sobretudo, um olhar para o interior do Estado. Foi a população do interior que, pela primeira vez na história política pernambucana, elegeu um governador do interior para a capital”.

Panificadora Gomes comemora 41 anos com inauguração da nova matriz


"Hoje é um dia muito especial", discursou emocionado "Nêgo de Belo" por ocasião da inauguração da nova matriz da empresa (Foto: Erandy Serafim)


DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM


charlesnasci@yahoo.com.br

A Panificadora Gomes inaugurou no último dia 22 de dezembro a sua nova matriz, que continua no Diogo, mas agora em novo endereço, à Rua Manoel Pereira da Silva, s/n, em frente da Igreja de Nossa Senhora de Fátima. A novidade na nova matriz são as novas e modernas instalações, onde os clientes agora passam a contar também com serviço de lanchonete.

“Gostaria de falar que hoje é um dia muito especial. Quero agradecer a todos os funcionários, agradecer as bênçãos do padre André, e também à família que cedeu o terreno para que a gente pudesse construir esta nova matriz”, disse, bastante emocionado, José Gomes Neto, o “Nêgo de Belo”, gerente e um dos filhos do fundador da empresa, Raimundo Gomes, o conhecido “Seu Belo”.

“A padaria é de todos nós, de Surubim e Casinhas. E meu pai é o baluarte, o pioneiro. É quem dá o aval. Ele e minha mãe, Estela”, ressaltou Ricardo Raimundo, o “Ricardo De Belo”.

Após o corte da fita inaugural, um festival com 41 prêmios foi anunciado para celebrar mais um aniversário da empresa, fundada em 1969. Para participar, os clientes deverão efetuar compras de qualquer valor na panificadora para ganhar cupons de participação gratuitamente. O sorteio dos prêmios acontecerá em janeiro, em data ainda a ser definida. 
Entre as pessoas que prestigiaram o evento, o blog anotou as presenças do prefeito de Casinhas, João Camêlo, dos vereadores Walter Borges e Everaldo Barbosa e da secretária de Educação do município, Verônica Geriz. A banda Pegadas de Pantera animou a festa.

Eduardo assina o ficha limpa

A partir de agora, pessoas consideradas inelegíveis, de acordo com a legislação federal, estão proibidas de ocuparem cargos públicos do primeiro e segundo escalões no Poder Executivo."A lei da ficha limpa era um desejo da sociedade. Estamos vivendo um processo de aproximar o povo da política, faz parte da democracia", frisou o governador Eduardo Campos (Foto: Heudes Régis/JC Imagem)

DIARIO DE PERNAMBUCO - 30 DE DEZEMBRO DE 2010

charlesnasci@yahoo.com.br

Em uma solenidade rápida, no próprio gabinete, o governador Eduardo Campos (PSB) sancionou ontem a lei da ficha limpa no estado. A partir de agora, pessoas consideradas inelegíveis, de acordo com a legislação federal, estão proibidas de ocuparem cargos públicos do primeiro e segundo escalões no Poder Executivo. Pernambuco é o segundo estado no país a adotar a lei da ficha limpa. O primeiro foi Minas Gerais, por meio de uma emenda constitucional, há pouco mais de uma semana.

"Há dois dias do anúncio do novo secretariado e a 72 horas de começar o próximo mandato, este é um ato simbólico para Pernambuco. Um sinal dos tempos em respeito à população para que a gente possa proteger o serviço público e os interesses do povo, valorizando também os servidores", afirmou o governador, logo após sancionar a lei.

Durante o discurso, o governador fez questão de lembrar que na sua gestão também foram sancionadas a Lei Antinepotismo, criada ainda no primeiro ano de seu governo, e a implantação do Portal da Transparência que,segundo destacou, foi escolhido pela ONG Contas Abertas como um dos três melhores do País. "A lei da ficha limpa era um desejo da sociedade. Estamos vivendo um processo de aproximar o povo da política, faz parte da democracia", frisou. O projeto de lei complementar (ficha limpa) foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa. A lei passa a vigorar a partir de hoje, com sua publicação no Diario Oficial do estado. 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Danilo é indicado pelo governador para ajudar Pernambuco na Secretaria das Cidades

DO SITE DANILO CABRAL 4010 - 27 DE DEZEMBRO DE 2010 


charlesnasci@yahoo.com.br


O governador Eduardo Campos anunciou na segunda-feira (27) a sua nova equipe de secretariado, grupo que irá ajudá-lo a administrar o Estado nos próximos quatro anos. Entre os auxiliares está o deputado federal eleito Danilo Cabral que foi convocado pelo governador para assumir a Secretaria das Cidades (SECID).

Como deputado, Danilo tomará posse na Câmara Federal dia 2 de fevereiro, mas ficará licenciado, contribuindo com o Governo de Pernambuco no executivo estadual. "Fomos convocados e vamos assumir mais este desafio. Aceitamos essa tarefa e vamos encará-la com o mesmo entusiasmo e vontade de fazer o melhor pelo nosso Estado", disse Cabral.

A Secretaria das Cidades tem como missão a promoção de municípios mais justos, democráticos e sustentáveis, combatendo as desigualdades sociais e ampliando o acesso da população à moradia, saneamento e transporte. Integram a SECID: a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran/PE) e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Próximos secretários de Pernambuco

DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM 

charlesnasci@yahoo.com.br

Os próximos secretários do governo Eduardo Campos foram anunciados no final da tarde de ontem no Palácio do Campo das Princesas. Cotado inicialmente para a Saúde, o deputado federal eleito Danilo Cabral (PSB) vai assumir a pasta de Cidades.

Próximos secretários de Pernambuco:

Casa Civil - Tadeu Alencar
Fazenda- Paulo Câmara
Saúde- Antônio Figueira
Educação - Anderson Gomes
Transporte - Isaltino Nascimento
Defesa Social - Wilson Damasio
Turismo - Alberto Feitosa
Direitos Humanos - Laura Gomes
Cidades- Danilo Cabral
Recursos Hídricos - João Bosco
Procuradoria Geral do Estado - Tiago Norões
Articulação - Sileno Guedes
Cultura - Fernando Duarte
Imprensa- Evaldo Costa
Esportes - Ana Cavalcanti
Mulher - Cristina Buarque
De Governo - Maurício Rands
Empreendedorismo - Antônio Carlos Maranhão
Copa 2014 - Ricardo Leitão
Juventude - Raquel Lyra
Agência Reguladora - Roldão Joaquim
Planejamento - Alexandre Rebelo
Controladoria Geral do Estado - Djalmo Leão
Chefia de Gabinete  - Renato Thiebaut
Administração - Ricardo Dantas
Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo - Antonio Carlos Maranhão
Liderança do Governo na Alepe - Waldemar Borges
Casa Militar - Mário Cavlacanti
Ciência e Tecnologia - Marcelino Granja
Articulação Social e Regional - Sileno Guedes
Agricultura - Ranilson Ramos
Saúde- Antônio Figueira
Criança e Juventude - Raquel Lyra

Danilo na vitrine


O deputado federal eleito Danilo Cabral (PSB) foi escolhido ontem pelo governador Eduardo Campos (PSB) para assumir a Secretaria das Cidades, cargo que já foi ocupado pelo senador eleito Humberto Costa (PT) (Foto: Charles Nascimento)

DO DIARIO DE PERNAMBUCO (COLUNA DIÁRIO POLÍTICO, POR JOSUÉ NOGUEIRA) - 28 DE DE DEZEMBRO DE 2010

charlesnasci@yahoo.com.br


É cedo, mas a definição do secretariado para o segundo governo de Eduardo Campos (PSB), anunciada ontem à tarde, revela que o socialista não moveu peças apenas com o intuito de dar um gás novo à equipe, como ele mesmo afirma.As modificações indicam a construção de um alicerce para projeto eleitoral de 2014 no qual o PSB segue protagonista.

Em meio às rearrumações, que provocarão uma nova configuração das bancadas federal e estadual, a legenda não só se fortaleceu em número de pastas. Manteve-se em secretarias estratégicas, de orçamentos reforçados e, principalmente, capazes de dar visibilidade ao titular.

Alguém duvida que ao nomear o deputado federal eleito Danilo Cabral para Cidades o governador queria apenas propor novos desafios ao aliado? Danilo goza da inteira confiança de Eduardo e integra o rol de assessores técnicos que o próprio governador 'pinçou' do serviço público anos atrás. Mas além disso, e principalmente, é um ser político e vem sendo há tempos preparado pelo PSB para disputas. Já esteve naPrefeitura do Recife como secretário de Administração no primeiro governo de João Paulo (2001-2004) e cumpriu a contento a missão de secretário de Educação na primeira gestão de Eduardo. 


Ontem, após o anúncio, o governador não escondia as qualidades, a capacidade de trabalho e o apreço que tem por Danilo. Mas ressaltava também o seu potencial político. Aliás, o futuro secretário das Cidades capitaneará, entre outras, obras do PAC em todo o estado e projetos estruturadores voltados para a Copa de 2014. Vitrine preciosa para alguém cujos ´desígnios` do destino - assim como o desejo do governador - lhe apontam o universo majoritário.

Câmara de Casinhas elege primeira mulher presidente

A vereadora Maria Pires entra para a história política do município como a primeira mulher eleita presidente da Casa Manoel Veiga de Lira e Silva (Foto: Charles Nascimento)


DO BLOG DO AGRESTE, COM ALFREDO NETO - 27 DE DEZEMBRO DE 2010


charlesnasci@yahoo.com.br


A Câmara de Vereadores de Casinhas elegeu no dia 08 de dezembro a vereadora Maria Pires da Silva (PSDB), para presidir a Casa de Leis pelo próximo biênio (2011/2012). Ela é a primeira mulher a assumir o cargo na história política do município. Maria foi candidata única e venceu a eleição por 6 votos da situação contra apenas 1 da oposição. Dois vereadores da bancada oposicionista se ausentaram da sessão. Eleitores da tucana comemoraram a decisão no centro da cidade poucos minutos antes da votação com uma salva de tiros de fogos de artifício que durou cerca de três minutos.
“Agradeço aos meus colegas de bancada, ao prefeito João Camêlo, à minha família, enfim, a todas as pessoas que me deram força e também àquelas que duvidaram de que eu chegaria até aqui hoje. O prefeito sabe o quanto eu o procurei durante todo o processo que se seguiu para articulação desta chapa. Acho que é muito importante a gente ter um grupo político de qualidade como este nosso. Um grupo que tem minha confiança, como o prefeito também. Se eu trair qualquer um dos dois, também estarei traindo o meu povo”, discursou, debaixo de muitos aplausos, a presidente eleita. “Tenho um compromisso muito sério com o meu povo, para ele estou disponível 24 horas. Estou nessa luta porque considero tudo isso uma importante missão”, afirmou.
O prefeito João Camêlo (PTB) fez questão de acompanhar pessoalmente a votação e terminou sendo convidado pelos parlamentares para se pronunciar na tribuna do plenário. “Hoje, Maria, você está realizando um sonho ao tornar-se a primeira mulher presidente desta Casa. Como todos aqui já falaram, nosso grupo tinha que chegar num consenso e chegou. E nós sabemos como este grupo é grande, graças a Deus. Portanto, é natural que existam as divergências, elas sempre vão existir”, ponderou.


Fonte: Blog +CASINHAS.COM

sábado, 25 de dezembro de 2010

Eduardo Campos avalia seus primeiros quatro anos e se prepara para os próximos

O governador Eduardo Campos concedeu entrevista exclusiva para o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação no último sábado, 18, onde prestou contas do 1º mandato (Foto: Gustavo Miranda / Arquivo / O Globo)   


DO JC-ONLINE - 18 DE DEZEMBRO DE 2010


charlesnasci@yahoo.com.br 


Às vésperas de iniciar o segundo mandato, o governador Eduardo Campos (PSB) diz que, depois de enfrentar o desafio de melhorar a saúde, a educação e a segurança pública e de trazer investimentos estruturadores para o Estado, agora a principal meta é melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos. Avaliando que o momento é o de ter uma “visão multifocal”, adiantou que deverá criar duas novas secretarias para tratar do trabalho e do meio ambiente, o que o levará a mexer muito na equipe. Garante, porém, que fica no cargo até o final da gestão, descartando assim disputar as eleições de 2014. Também admitiu que um dos piores momentos do atual governo foram os escândalos da Fundarpe e Empetur. Nesta e na próxima página, os principais trechos da entrevista concedida por ele aos repórteres do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação: Sheila Borges, Sérgio Montenegro Filho, Adriana Guarda, Eduardo Machado, Daniel Guedes, Geisa Agricio, Graça Araújo e Fábio Mendes.


JC – Quais foram os melhores momentos do primeiro governo?
EDUARDO CAMPOS -
 O melhor momento é esse, chegar ao ano de 2010 e ver a expressão que eu vi no dia 3 de outubro. Foi a expressão do povo, reconhecendo um trabalho que o povo pernambucano ajudou a construir. 

JC – Como o senhor acha que a população sentiu o seu governo no dia a dia?
EDUARDO CAMPOS
 O cidadão em Mirandiba (Sertão) viu a estrada ligar (a cidade) a Carnaubeira da Penha, viu o seu filho ir à escola, que tem merenda, professor, fardamento e livros. Viu o sistema de abastecimento d’água sendo cuidado. Chega em outra cidade e viu a segurança melhorar, que chegou um investimento produtivo. As comunidades sentiram a presença do governo, primeiro ouvindo a sociedade. Essa é a marca, de ouvir e ver o governo trabalhando não em uma área ou para uma obra, mas para construir a melhoria da qualidade de vida, atuando em várias frentes que se interligam e dão como resultado a melhora da economia e da vida das pessoas.



JC – Existe algum ponto que em 2007, quando assumiu, o senhor disse ‘meu Deus, como vou resolver isso’, e chega agora em 2010 e o senhor resolveu?
EDUARDO CAMPOS
 É uma responsabilidade enorme quando se ganha uma eleição para você dar conta do desafio, da esperança, da confiança, da forma como já nos elegemos em 2006. Sempre ouvi o meu avô (o ex-governador Miguel Arraes, falecido em 2005) dizer que, na política, muitas vezes as pessoas querem ser as coisas, e poucas sabem o porquê querem ser e para que querem ser. Quando quis ser governador, antes fiz o dever de casa, procurei responder para que queria ser governador, andei o Estado, conhecia todos os municípios, como o povo vivia, como estava se sentindo, o que é um diferencial absurdo para a tarefa seguinte, que é dar conta de construir um governo. O fato de ter desenhado um programa de governo, de ter ouvido profissionais das mais diversas áreas e construído um roteiro, foi sem sombra de dúvida algo que me ajudou muito. O que mais ouvi na transição eram pessoas dizendo que não falasse da segurança pública, que não assumisse porque não tinha jeito. Vá cuidar de outro negócio, de desenvolvimento, de escola, de saúde. Com certeza, são desafios distintos. Em suma, o desafio é construir o ambiente econômico e de crescimento com inclusão e o estado do fazer. O desafio é ter uma política publica estruturada, garantindo ao povo um serviço de qualidade.



JC – Agora, em 2011, o grande desafio é a educação?
EDUARDO CAMPOS
 A educação será sempre o desafio brasileiro. Eu disse que o risco Brasil não estava mais nas agências de risco do sistema financeiro, o risco Brasil estava colocado no ambiente da educação. A gente ter a capacidade de dar conta de um serviço que não foi feito em décadas passadas porque ninguém faz transformação efetiva na educação de um dia para outro. É um processo de décadas para cuidar desse passivo. E ao mesmo tempo olhar para o futuro e fazer muita inovação. Não ensinar apenas o português, a matemática, mas ensinar a utilizar as novas ferramentas do conhecimento e as novas tecnologias.



JC – A legislação eleitoral não permitiu que o senhor fizesse um reforço de escolaridade e o resultado de Pernambuco no Promimp (programa de qualificação da Petrobrás) foi ruim, 28% das vagas deixaram de ser preenchidas. Vai se fazer um reforço de escolaridade no próximo governo?
EDUARDO CAMPOS
 As dificuldades do Promimp de Pernambuco não são diferentes das do Rio de Janeiro. Fizemos reforço e muitas empresas utilizaram alunos dos nossos cursos de capacitação já para ir preenchendo porque o Promimp vem buscando se adequar à diversidade da realidade brasileira. Vamos seguir fazendo reforço, direcionado ao nosso alunado do ensino médio. E vamos fazer um grande reforço ao trabalho de qualificação profissional e empreendedorismo. É um desafio bom treinar pessoas, porque tem vaga.



JC – Em relação à área de segurança, na campanha eleitoral o paradigma de segurança que a presidente eleita (Dilma Rousseff, PT) colocava era a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), do Rio de Janeiro. Aqui, havia um programa até maior (o Pacto pela Vida) e foi deixado de lado. Como o senhor viu isso?
EDUARDO CAMPOS
 Compreendo que na campanha você não consegue expressar o seu programa de governo em seis minutos de televisão, muito menos nos debates. Também é importante registrar que há mais divulgação da mídia nacional e local das UPPs nos últimos dias do que sobre as experiências nossas e de outros Estados na área de segurança. Mas hoje há interesse de outros Estados que já tiveram aqui, inclusive da presidente eleita. A questão do Rio é muito própria do Rio, a nossa é mais próxima da realidade do Brasil.




JC – Como o senhor quer ser lembrado nesse primeiro governo?
EDUARDO CAMPOS O legado que fica é que a gente resgatou um direito de Pernambuco ter futuro, de sonhar e de mais do que sonhar, de realizar o seu sonho. Eu percebo, nas pessoas que me abordam e nas mensagens que recebo, que nós estamos vivendo um momento muito especial da vida pernambucana. E isso é fruto do trabalho, da determinação, da humildade, da capacidade de somar, de usar a força política para traduzir a força política em investimento e conquistas para o Estado. Nós agimos na política de uma forma diferente que imaginavam, criamos uma paz política, não fiquei arengando com os adversários políticos. Do ponto de vista da administração, inovamos, implantamos uma gestão que aposta na meritocracia, em ferramentas de gestão. É uma gestão que busca ferramentas que a iniciativa privada usa. O nosso foco são os extratos mais vulneráveis da população para tentar estruturar cidadania, vida, direito. Lembro de uma frase que disse no dia em que tomei posse: é começar um tempo em que os que sempre perderam, começassem a ganhar. Eu vi gente que sempre perdeu ganhando. E vejo os meus conterrâneos enterrarem a tese da corda de caranguejo, daquela imagem que era um puxando o outro para baixo, que nada dá certo, todo mundo reclamando, ninguém ajuda o outro. Hoje não vejo mais isso. Hoje o que vejo é ânimo, fé no futuro.
JC – E desse período quais foram os momentos ruins?
EDUARDO CAMPOS
– Os momentos ruins eu tratei de aprender com eles e tocar para frente, não fico me lembrando. O governo, uma caminhada como essa, é feito a vida da gente. Tem hora de alegria, de tristeza, de dificuldade, de decepção, mas acho que tivemos muito resultado positivo. 

JC – O senhor falou da corda de caranguejo, qual a avaliação que o senhor faz da oposição?
EDUARDO CAMPOS
- Não me cabe fazer a avaliação da oposição, até porque isso foi feito por quem cabe fazer, que foi o povo na eleição. Tenho respeito pela oposição, acho importante no estado de direito, democrático, se ter uma oposição. Quando a oposição se expressa, faz o seu papel com competência, ajuda muitas vezes a alertar para coisas que você não está sabendo, de apontar dificuldades que estão ocorrendo.

JC – Falamos de momentos ruins e da oposição, queremos citar dois exemplos: os casos da Fundarpe e da Empetur (uso de dinheiro público de forma irregular por membros do governo). Foram os momentos mais delicados de seu governo?
EDUARDO CAMPOS
 Não foram momentos bons, mas tratamos de fazer desses momentos que não foram bons, momentos positivos. Você tem dificuldades na Fundarpe desde que me entendo por gente. Todos os governos enfrentaram dificuldades. O que a gente tratou de fazer? A primeira norma para tratar de fomento à cultura que esse Estado já teve, aprovamos na Assembleia. O que está para trás está sendo visto sem dolo. Se tem dificuldade, se houve erro, eu não vou prejulgar ninguém. As pessoas que estão trabalhando nessa área comigo, eu tenho por todas elas muito coração. O que há? Há uma instituição que nunca teve um concurso público, que desde o governo de doutor Arraes e de outros governos que me antecederam (Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho), todos tiveram problemas. O meu antecessor tem várias contas rejeitadas. Tem processos no Ministério Público desde 2004 e nem por isso estou dizendo que as pessoas que atuaram no governo dele utilizaram de má-fé ou cometeram qualquer tipo de dolo.
JC – Vai haver alguma mudança nessas áreas?
EDUARDO CAMPOS
 Já operamos uma mudança importante que foi a mudança Legislativa do método produtivo. O próprio relatório do Tribunal de Contas sugere algumas alterações na forma de funcionamento dessas áreas. Vamos fazer inovações administrativas que blindem essas áreas de novos problemas. Agora, tem um trabalho feito nessa área da cultura extraordinário, respeitado no Brasil inteiro. Veja o cinema pernambucano, o apoio que tem do governo que não tinha antes, as expressões de ponto de cultura que estavam aí abandonados. Esse trabalho todo precisa ser prestigiado, apoiado e ter sequência. Nosso governo teve efetivamente uma atitude diferente. Nós não fomos botar os problemas para debaixo do tapete. Colocamos luz, enfrentamos com transparência.
JC – O senhor falou muito sobre meritocracia, a impressão que dá, pelo resultado apresentado aqui, é que o seu secretariado está tinindo. Mesmo assim, o senhor fará mudanças?
EDUARDO CAMPOS Farei mudanças e vou anunciá-las depois do Natal. A gente tem que buscar adequar a um novo governo. É um governo que vai dar continuidade, mas é um novo governo. Tem áreas que precisamos reforçar. Tem áreas que a gente precisa aprimorar, precisa inovar. Agora, nós vamos escalar o time. Esse é um trabalho que, no primeiro momento, é completamente solitário, que tenho que fazer a partir de um determinado diagnóstico e de uma visão que eu acho que poderia ficar dois caminhos. Poderia ficar tudo como está ou poderia mexer para começar um tempo novo. Eu acho que devo mexer para começar um governo novo.


JC – Em relação às acomodações, tem muita gente que espera ser chamado para abrir um vaga na Assembleia. Vai acontecer?
EDUARDO CAMPOS - Eu não vou montar equipe em função de acomodação política nenhuma. Os meus aliados me deixaram muito à vontade no primeiro governo e entendo que estão deixando nesse segundo governo para montar a melhor equipe. A minha única preocupação é acomodar os interesses de Pernambuco.

JC – O senhor vai criar novas pastas? 
EDUARDO CAMPOS
 Duas áreas que eu pretendo abrir um debate nesses dias que faltam até o Natal, porque logo após o Natal vou passar a operar os convites, são as área ambiental e a do trabalho, da qualificação e do empreendedorismo. A (área da) Criança e o Adolescente vai virar uma secretaria-executiva, está no programa de governo. Hoje, temos que ver como fica uma área dedicada exclusivamente ao trabalho, colar isso com uma agência de crédito. A questão ambiental está hoje com Ciência e Tecnologia. Nós reforçamos o órgão de controle, que é a CPRH, fizemos concurso, aprovamos as principais leis e discutimos isso com a comunidade ambientalista. E agora temos que ter uma (pasta) que bote tudo isso para funcionar.

JC – Nos últimos anos, a parceria Estado e Prefeitura do Recife era visível, agora a gente não percebe muito isso.
EDUARDO CAMPOS
 Eu tenho procurado andar ajudando o governo do município. Este ano, reuni aqui a equipe do prefeito (João da Costa, PT) e a nossa equipe, nós pegamos toda a demanda que não tinha sustentação financeira do Orçamento Participativo e fizemos uma pactuação de mais de R$ 60 milhões. Coloquei o dinheiro e a prefeitura tem que fazer. Não posso fazer obras típicas do município. Ajudamos a prefeitura a aprovar projetos do Banco Mundial. No debate do PAC da Copa, abrimos mão de um dinheiro que vinha para o Estado para contemplar a Via Mangue. Procuramos ser parceiros não só do Recife, mas de outras cidades.

JC – Quais são as prioridades para o próximo governo?
EDUARDO CAMPOS
 Vamos ouvir as demandas para a construção do PPA (Plano Plurianual) no primeiro semestre e seguir a grande prioridade, que é melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos. Inaugurar vida na vida de muita gente que estava sem esperança. Não é tempo mais de se ter um foco, uma prioridade. Esse tipo de governo não cabe mais nesse novo Pernambuco. Ele precisa de um Estado que funcione em todas as áreas. 

JC – O que esse próximo governo vai ter de diferente?
EDUARDO CAMPOS
 A diferença é que Pernambuco está melhor hoje do que em 2007. A outra diferença é que estamos mais experientes. A máquina pública está melhorando.
JC – Mas não terá mais o presidente Lula...
EDUARDO CAMPOS
 Não tem Lula, mas tem Dilma. Confio no que ela disse ao povo de Pernambuco. Disse que iria nos tratar da mesma forma que o presidente Lula nos tratou.

JC – O senhor tem bom relacionamento com a oposição. Como será esse papel no plano nacional?
EDUARDO CAMPOS
 É hora de pensar no País. Vamos colocar o pé no chão. Têm muitas pessoas de um lado e do outro dispostas a ajudar, sou uma delas.

JC – Essa articulação nacional faz parte de um projeto para o senhor ser candidato à Presidência em 2014?
EDUARDO CAMPOS
 Quando fui candidato ao governo, disse que era candidato. Agora, tenho uma missão, uma responsabilidade e um desafio, que é fazer essas quatro anos melhores. Estou preparado para ficar quatro anos (no governo).

JC – O senhor então vai concluir o governo?
EDUARDO CAMPOS
 Fui eleito para isso. As pessoas podem imaginar que essa possibilidade não existe, mas essa é a possibilidade: concluir o meu mandato.

JC – Mas o senhor está ganhado cada vez mais uma projeção nacional?
EDUARDO CAMPOS
– O projeto futuro nosso é esse que eu já falei, fazer um governo melhor. Estou inteiramente preparado para seguir de agora até dezembro de 2014. Tenho muito claro que o nosso objetivo é ajudar a administração de Dilma para ela ter condições de buscar a reeleição. Ou se ela não for buscar a reeleição, acho que tem na fila aí um candidato a presidente muito claro: o presidente Lula. Não faço política por um projeto pessoal. 

JC – O senhor divide com Lula o crédito do sucesso desse seu primeiro governo. Do segundo, será só seu?
EDUARDO CAMPOS
 O crédito nunca será de uma só pessoa. A obra do governo é uma obra coletiva. Sempre disse da contribuição grande que o presidente Lula teve para Pernambuco. A força política que tenho com Lula e a relação de fraternidade que tenho com ele, traduzi isso para a vida dos pernambucanos. Os pernambucanos ganharam com essa relação: o maior PAC do Nordeste e os maiores investimentos privados.


Antes da entrevista ao SJCC, governador dá bronca nos repórteres


DO JORNAL DO COMMERCIO - 18 DE DEZEMBRO DE 2010


charlesnasci@yahoo.com.br 


Ao longo de uma hora e quarenta minutos, o governador Eduardo Campos (PSB) falou para repórteres do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, na ampla sala ao lado do seu gabinete – na qual faz o monitoramento por TV das ações do governo – na tarde da última quinta-feira (16). A entrevista, concedida logo após o anúncio de instalação de seis novas indústrias de diversos segmentos no Estado, foi, em sua maior parte, descontraída. Nos primeiros momentos, entretanto, o governador se irritou, chegou a bater na mesa e esboçar forte aborrecimento em gestos e ironias.


A ”cara feia” do governador apareceu quando, antes da conversa, foi dada a missão ao secretário Geraldo Júlio (Planejamento) de apresentar, em Power Point, um amplo balanço das realizações do governo nas diversas áreas, produzido pela assessoria do Palácio. A ideia era que, a partir daí, a entrevista ocorresse.


À ligeira argumentação da equipe do JC de que o tempo gasto com o balanço de Geraldo Júlio não contasse no horário estabelecido anteriormente pelo próprio Palácio para a entrevista – uma hora e meia, já que o governador também iria falar aos outros jornais locais na mesma tarde –, Eduardo Campos balançou a cabeça, bateu na mesa e destilou ironias. “Se vocês (repórteres) não querem ver o que a gente organizou com o maior gosto, então partimos logo para as perguntas”, disparou, de cara amarrada.
O mal-estar – com o governador insinuando ironicamente para Geraldo Júlio que ele perdeu tempo com a produção do balanço, já que os repórteres não tinham o menor interesse – foi desfeito, pouco depois, com a equipe do JC insistindo que queria apenas manter o tempo acordado para as perguntas.
Após a exibição do conteúdo do documento por um assustado Geraldo Júlio, o governador, mais calmo, falou por quase 40 minutos aos repórteres. No balanço oficial – será encaminhado à Assembleia Legislativa junto com a mensagem de abertura dos trabalhos da Casa em 2011 – são listados, entre várias tabelas, números e índices, avanços que a gestão estadual contabiliza nos diversos segmentos administrativos.

JC ONLINE - Entrevista Eduardo Campos ao SJCC - Parte 1

JC ONLINE - Entrevista Eduardo Campos ao SJCC - Parte 2

JC ONLINE - Entrevista Eduardo Campos ao SJCC - Parte 3

Pronunciamento do presidente Lula (23/12)