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sexta-feira, 7 de março de 2025

Desfile das Virgens de Surubim 2025 presta homenagem a Capiba e emociona Dona Zezita


Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

O tradicional Desfile das Meninas Virgens de Surubim, no Agreste pernambucano, traz em 2025 uma homenagem especial a Lourenço da Fonseca Barbosa, o eterno Capiba. O compositor, que nasceu em Surubim e deixou um legado imortal para o frevo, será celebrado na folia deste ano, relembrando sua contribuição para a cultura e a música brasileira
. Além de Capiba, o evento também presta uma homenagem a dois foliões históricos do carnaval surubinense: Dé de Passim e Fabrício Brito, vereador falecido em agosto do ano passado.

Com mais de 100 frevos compostos ao longo de sua carreira, Capiba é um dos maiores nomes do gênero e tem sua obra eternizada nas festas de Pernambuco. Para tornar a homenagem ainda mais emocionante, o evento contará com a presença de Dona Zezita, esposa do artista, que se mostrou profundamente tocada com a iniciativa. "Fico muito feliz em saber que Capiba será homenageado. Ele sempre amou sua terra e sua música continua viva nos corações de todos", declarou Dona Zezita, demonstrando sua gratidão pelo reconhecimento ao legado do marido.

A escolha de Capiba como homenageado do desfile reforça a forte ligação do compositor com sua cidade natal e celebra sua importância para a identidade cultural de Pernambuco. O Desfile das Virgens de Surubim, conhecido por sua irreverência e animação, se consolida mais uma vez como um evento que valoriza a tradição e a história local, levando o nome do município aos quatro cantos do país.

Com muita cor, brilho e alegria, os foliões prometem lotar as ruas de Surubim para celebrar o frevo e reviver os clássicos de Capiba, transformando o desfile em um verdadeiro tributo à sua obra. A programação contará com orquestras de frevo, fantasias exuberantes e a energia contagiante que fazem do evento um dos mais esperados do pós-carnaval pernambucano.

quinta-feira, 6 de março de 2025

"Momento de reflexão e de reavivar o espírito daqueles que lutaram", diz Raquel Lyra em cerimônia da Data Magna


Da FOLHA DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

A governadora Raquel Lyra conduziu, no início da manhã desta quinta-feira (6), a cerimônia em celebração ao marco da Data Magna de Pernambuco, diante do Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, na área central do Recife. A governadora, como manda a tradição, comandou os principais momentos da cerimônia, como a revista da guarda de honra e, junto com a vice-governadora Priscila Krause, o hasteamento da bandeira de Pernambuco e do Brasil.

"A Data Magna representa a celebração da Revolução de 1817, quando, pela primeira vez, no Brasil, proclamou-se a república e fomos um país por mais de 70 dias […]. Pernambuco sempre teve um espírito de luta pelas liberdades, pela democracia, pela igualdade, e essas lutas, hoje, são de extrema importância que sejam mantidas. Pois ainda temos muitos desafios pela frente […]. É um momento de reflexão, mas também de reavivar o espírito daqueles que lutaram", declarou a governadora Raquel Lyra.

DATA MAGNA

A solenidade contou ainda com o tradicional desfile das tropas, regido pela banda do Comando Militar do Nordeste, com participação das ordens maçônicas de Pernambuco. O grão-mestre da Grande Loja Maçônica de Pernambuco, Flávio Amorim, que tem três organizações ligadas à maçonaria, explica a ligação e a importância da maçonaria para Revolução de 1817.

"A revolução foi idealizada, planejada e executada por vários membros da maçonaria e também do clero. Pessoas que se tornaram maçons na Europa e trouxeram os pensamentos humanistas e idealistas daquele momento que o continente europeu vivia: Liberdade, Igualdade e Fraternidade; espelhados na Revolução Francesa. Assim, criaram um movimento político para coibir o abuso de autoridade do poder central", explicou o grão-mestre.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Escultura gigante de Frei Caneca ja pode ser visitada em Surubim


De O PODER
charlesnasci@yahoo.com.br

Os 200 anos do fuzilamento do grande líder da Confederação do Equador, Frei Caneca, crime perpetrado pelas forças do Imperador Pedro I, no dia 13 de janeiro de 1825 na cidade do Recife, mereceu uma homenagem significativa em Surubim.

LOCAL E CONSTRUTORES

Na Fazenda Cachoeira do Taépe, nesta segunda-feira 13 de janeiro, foi inaugurada uma escultura simbolizando o grande mártir pernambucano Frei do Amor Divino Caneca, com seis metros de altura, realizada em cimento e concreto, em forma totêmica. A sua concepção se deve ao artista Severino Iabá, tendo sido construída conjuntamente com o Mestre Joel Severino e as participações de Sebastião Xavier da Silva e José Wilson Silva de Lima. Segue essa obra de arte a mesma linha estilística dos bonecos de mamulengo em cimento do Parque Memorial dos Severinos no bairro de Lagoa Nova na cidade de Surubim criado por Iabá.

BOM FILHO

Faz-se bem ressaltar que ele é o grande mentor dessa homenagem. Embora residindo na grande Belo Horizonte, em Minas Gerais, anualmente retorna à sua terra para agitar o cenário de cultura local. Faz cinco anos que realiza o Festival Mamulengá no Parque que criou conjuntamente com seus familiares valorizando as manifestações de natureza folclórica. Nesta versão teve o apoio do Sesc-Ler, do Centro Cultural Casa-Grande Cachoeira do Taépe e do Memorial dos Severinos.

PROGRAMAÇÃO

Neste ano além dos cortejos com bois de carnaval, apresentações de mamulengo, bandas de pífanos, ciranda e coco comandados pelo artista Noé da Ciranda, realizaram-se também performance-poética, oficinas de dança e coco, oficinas de poesia, música, literatura, apresentação de grupos de reisado e de caboclinhos.
Os duzentos anos da passagem das forças confederadas pelo município de Surubim e do arcabuzamento de Frei Caneca foi intensamente comemorada com destaque para a performance "O Amor Divino Pela Liberdade" encenada pelo ator recifense Adriano Cabral, as rodas de conversas, a intervenção poética com Adriele Silva reportando-se ao Auto do Frade do poeta João Cabral de Melo Neto e tendo a sua culminância com a inauguração da escultura de Frei Caneca. Também o V Mamulengá, evento realizado anualmente na localidade de Lagoa Nova, teve sua culminância transferida para o local da estátua, fazendo parte da programação.

RODA DE CONVERSA

Na Casa-Grande da fazenda realizou-se mesa formada pelo cineasta João Marcelo Alves, Lylli Quadros, Fernando Guerra, Mareval Nascimento, representando o Centro Cultural Casa-Grande Cachoeira do Taépe, o artista plástico Severino Iabá, a escritora Jane Caneca e o poeta cearense Davi Moura. As informações são de Fernando Guerra, do jornal Correio do Agreste.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Estátua gigante de Frei Caneca será inaugurada hoje na zona rural de Surubim


De O PODER, com CORREIO DO AGRESTE
charlesnasci@yahoo.com.br

Por que hoje? Há 200 anos, no dia 13 de janeiro, Frei Caneca era fuzilado no Recige pelo absolutismo do tirano Pedro I. Por que a estátua fica na Fazenda Cachoeira do Taépe, zona rural Surubim? Além de ser um sítio histórico tombado, o local foi ponto de repouso do Frei e sua comitiva, em fuga rumo ao Ceará após a derrota da Confederação do Equador. A escultura gigante de Joaquim do Amor Divino Rabelo (Frei Caneca) é de autoria dos artistas plásticos Severino Iabá e do Mestre Joel Severino.

Registro

O evento tem por objetivo assinalar os 200 anos da Confederação do Equador de 1824 e homenagear o líder e mártir do movimento, morto por fuzilamento em 13 de janeiro de 1825, no Forte de Cinco Pontas do Recife, por suas lutas em defesas dos ideais republicanos e democráticos.

História

A escultura em concreto, medindo 5 metros de altura por 1 metro de diâmetro, foi iniciada em 29 de setembro de 2024, mesma data em que há 200 anos Frei Caneca passou em fuga com suas tropas nas antigas terras da Fazenda Cachoeira do Taépe, margeando o Rio Capibaribe em direção ao Ceará, onde foi capturado pelas tropas monárquicas de Pedro I.

Sobre Frei Caneca

Joaquim da Silva Rabelo, depois Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, popularmente conhecido como Frei Caneca (Recife, 20 de agosto de 1779 — Recife, 13 de janeiro de 1825), foi um escritor, clérico católico e político brasileiro. Esteve implicado na Revolução Pernambucana (1817) e foi líder e mártir da Confederação do Equador (1824). Como jornalista, esteve à frente do Typhis Pernambucano.

Confira a programação

15h – Roda de conversa no Centro Cultural Casa Grande Cachoeira do Taépe sobre Frei Caneca, a Confederação do Equador e o livro 'Typhis 30' de Cláudio Caneca.

17h – Cortejo folclórico com o grupo Boi Surubim do Centro Cultural Casa Grande Cachoeira do Taépe até a escultura de Frei Caneca.

17h20 – Intervenção do poeta Davi Moura de Fortaleza – CE e performance: Frei Caneca – O Amor Divino pela liberdade – com o ator Adriano Cabral de Recife-PE.

18h30 – Encerramento da solenidade de inauguração da escultura de Frei Caneca com Noé da Ciranda.

Serviço:

Inauguração da escultura de Frei Caneca
Dia: Hoje, 13 de janeiro de 2025, das 15h às 19h
Local: Fazenda da Cachoeira de Taépe – Surubim – PE
Contato: Marival (81) 9-9678-9058 e Severino Iabá (31) 9-9171-1314.

domingo, 5 de janeiro de 2025

Escultura de Frei Caneca será inaugurada dia 13 de janeiro na zona rural de Surubim


Do CORREIO DO AGRESTE
charlesnasci@yahoo.com.br

Na segunda-feira, dia 13 de janeiro, na Fazenda Cachoeira do Taépe, zona rural Surubim, será inaugurada a escultura gigante de Joaquim do Amor Divino Rabelo (Frei Caneca) de autoria dos artistas plásticos Severino Iabá e do Mestre Joel Severino. O evento tem por objetivo comemorar os 200 anos da Confederação do Equador de 1824 e homenagear o líder e mártir do movimento, morto por fuzilamento em 13 de janeiro de 1825, no Forte de Cinco Pontas do Recife, por suas lutas em defesas dos ideais republicanos e democráticos.

A escultura em concreto, medindo 5 metros de altura por 1 metro de diâmetro, foi iniciada em 29 de setembro de 2024, mesma data em que há 200 anos Frei Caneca passou em fuga com suas tropas nas antigas terras da Fazenda Cachoeira do Taépe, margeando o Rio Capibaribe em direção ao Ceará, onde foi capturado pelas tropas monárquicas de Dom Pedro I.

Confira a programação:

15h – Roda de conversa no Centro Cultural Casa Grande Cachoeira do Taépe sobre Frei Caneca, a Confederação do Equador e o livro TYPHIS 30 de Cláudio Caneca.

17h – Cortejo folclórico com o grupo Boi Surubim do Centro Cultural Casa Grande Cachoeira do Taépe até a escultura de Frei Caneca.

17h20 – Intervenção do poeta Davi Moura de Fortaleza – CE e performance: Frei Caneca – O Amor Divino pela liberdade – com o ator Adriano Cabral de Recife-PE.

18h30 – Encerramento da solenidade de inauguração da escultura de Frei Caneca com Noé da Ciranda.

SOBRE FREI CANECA

Joaquim da Silva Rabelo, depois Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, popularmente conhecido como Frei Caneca (Recife, 20 de agosto de 1779 — Recife, 13 de janeiro de 1825), foi um escritor, clérico católico e político brasileiro. Esteve implicado na Revolução Pernambucana (1817) e foi líder e mártir da Confederação do Equador (1824). Como jornalista, esteve à frente do Typhis Pernambucano.

Serviço:
Inauguração da escultura de Frei Caneca
Dia 13 de janeiro de 2025, das 15h às 19h
Local: Fazenda da Cachoeira de Taépe – Surubim – PE
Contato: Marival (81) 9-9678-9058 e Severino Iabá (31) 9-9171-1314.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Chaparral acompanha assinatura de contrato para restauração do Palácio Joaquim Nabuco


Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

O deputado estadual Cleber Chaparral (União Brasil) esteve presente, na última terça-feira (26), na cerimônia de assinatura do contrato que marcará o início das obras de restauração do Palácio Joaquim Nabuco, antiga sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no bairro de Santo Amaro, Recife.

O edifício histórico, com 149 anos, será transformado em um museu interativo que abrigará documentos históricos, obras de arte, mobília e objetos que contam a trajetória política do Estado. O contrato foi firmado entre o consórcio formado pelas empresas Konex Incorporações e Cinzel Engenharia, o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), o primeiro-secretário Gustavo Gouveia (Solidariedade) e demais parlamentares estaduais.

A obra, com início previsto para dezembro, será realizada com recursos próprios da Alepe e está orçada em R$ 24 milhões, com prazo de conclusão de 18 meses. A restauração seguirá rigorosamente os critérios do Iphan para conservação do patrimônio histórico estadual.

"Essa obra é de enorme importância para preservar nossa história e cultura, além de oferecer um espaço que conectará as novas gerações às raízes políticas de Pernambuco", destacou Chaparral.

Com informações da Alepe

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Alepe assina contrato para iniciar restauração do Museu Palácio Joaquim Nabuco


Da ALEPE
charlesnasci@yahoo.com.br

A Alepe realizou nessa terça-feira (26) a assinatura do contrato que dará início às obras de restauração e reparação do Palácio Joaquim Nabuco, antiga sede da Casa, localizado no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. O prédio de 149 anos será transformado num museu que reunirá documentos históricos, mobília, obras de arte e objetos que contam a história política do Estado de forma interativa
. O contrato foi assinado entre o consórcio formado pelas empresas Konex Incorporações e Serviços LTDA e Cinzel Engenharia LTDA, responsáveis pela obra, com o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), o primeiro-secretário, Gustavo Gouveia (Solidariedade), parlamentares estaduais e superintendentes da Casa.

Conheça o Palácio Joaquim Nabuco em 360 graus

Com recursos próprios, a reforma tem previsão para iniciar em dezembro deste ano, com duração de 18 meses. O custo total estimado é de R$ 24 milhões. A restauração seguirá os critérios estabelecidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para conservação do patrimônio histórico estadual.

Veja como ficará o novo Museu Palácio Joaquim Nabuco:


MOMENTO HISTÓRICO

O deputado Álvaro Porto afirmou que a assinatura do contrato representa a preservação da memória do Poder Legislativo estadual. Ele exaltou os servidores, deputados e deputadas que participaram da construção da história do Estado e garantiu que Pernambuco receberá um equipamento cultural moderno, com potencial para estimular pesquisas, turismo e entretenimento.
"Com o novo equipamento, a população pernambucana terá acesso a documentos históricos, salões, gabinetes e salas de reuniões ambientadas com mobília, obras de arte e objetos decorativos originais. Um valioso acervo que é testemunha de debates, decisões e fatos relevantes que aconteceram sob esta cúpula monumental", disse. "O restauro significa também o resgate de um símbolo da arquitetura neoclássica brasileira que compõe a paisagem e o circuito histórico da Rua da Aurora, ao lado dos casarões seculares e do prédio do Ginásio Pernambucano", prosseguiu o presidente da Alepe.
O deputado Gustavo Gouveia destacou o momento como histórico e lembrou que as benfeitorias do Museu Palácio Joaquim Nabuco são a concretização do esforço da Mesa Diretora e da maioria dos parlamentares. Para ele, o espaço irá tornar a Alepe cada vez mais próxima dos pernambucanos. "Um museu não é apenas um resgate do passado, é um espaço de convivência, de troca de saberes, de proteção de valores que são muito importantes para todos nós aqui presentes, como a liberdade, a justiça, o pluralismo político, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa", afirmou o parlamentar.

Veja no vídeo:


HISTÓRIA

O Palácio Joaquim Nabuco, localizado na Rua da Aurora, foi projetado no século 19 como nova sede para a Assembleia Provincial de Pernambuco, substituindo o Forte do Matos. A construção teve início em 1870, com a pedra fundamental lançada no aniversário de Dom Pedro II, e foi concluída em 1875. Com projeto do engenheiro José Tibúrcio Pereira de Magalhães, o edifício neoclássico possui planta em cruz latina, destacando-se pelos arcos, colunas e a cúpula imponente que emoldura o plenário. A fachada, com dois leões esculpidos, reflete a simbologia do Leão do Norte, marcando a importância histórica do local como palco de debates e decisões legislativas por quase 150 anos. O palácio foi transformado em patrimônio museal em 2010 e é tombado, em nível estadual, pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

domingo, 15 de setembro de 2024

Surubim terá escultura gigante em homenagem a Frei Caneca


Do JORNAL O PODER
charlesnasci@yahoo.com.br

O município de Surubim terá uma escultura gigante em homenagem a Frei Caneca, a ser instalada nas proximidades da área por onde ele passou com suas tropas em direção ao Ceará, em 29 de setembro de 1824. O início da construção está programado para o próximo dia 29, data em que o episódio completa 200 anos. O projeto é do artista plástico surubinense Severino labá, criador do Memorial dos Severinos, uma obra de arte composta por 10 esculturas gigantes dedicadas ao mamulengo e as vidas severinas do mundo, localizada em Lagoa Nova, também na área rural de Surubim.

EVENTO CULTURAL

A obra, feita em concreto, terá cinco metros de altura por um metro de largura e será construída na Fazenda Cachoeira do Taépe, local não muito distante de onde Frei Caneca e seus comandados estiveram. A construção contará com a participação do Mestre Joel Severino, irmão de Severino Iabá, dos proprietários da Fazenda Cachoeira do Taépe e de moradores locais. A inauguração, com um evento cultural, está prevista para o dia 13 de janeiro de 2025, data que marca os 200 anos da morte de Frei Caneca.

HOMENAGENS

Na ocasião, além do religioso, serão realizadas várias homenagens, entre elas ao ator e dramaturgo José Pimentel (1934-2018), que criou e encenou a peça teatral "O Calvário de Frei Caneca". Também será registrada em uma placa, o nome de todos que participaram e colaboraram para a realização da obra. Iabá informa que pessoas ou empresas interessadas em apoiar a construção, podem entrar em contato com ele pelo telefone (31) 99171-1314 ou ainda com Mareval pelo número (81) 9-9678-9058, da Fazenda Cachoeira do Taépe.

INSPIRAÇÃO

De acordo com Severino Iabá, o projeto, de arte pública, é inspirado nos ideais e nas lutas libertárias e democráticas de Frei Caneca. Ele dialoga com outras obras do artista, criadas em Minas Gerais, como Terra do Sol; Há vida… há morte (1997); Fome Nunca Mais (1999) e, mais recentemente, A Degola ( 2017). A decisão de construir a estátua em sua terra natal, segundo o artista, foi motivada pelos recentes comentários feitos pelo produtor cultural João Marcelo, do filme "Cabocolino", sobre Frei Caneca.

DIÁRIO

Também influenciou o fato do artista ter assistido, no Recife, em 1982, a peça "O Calvário de Frei Caneca". Mas o fator decisivo foi ele ter conhecido, por meio dos escritos do artista plástico e escritor Fernando Guerra, o diário de campanha de Frei Caneca, onde é descrito em detalhes o itinerário percorrido com suas tropas da Confederação do Equador, no Agreste Setentrional de Pernambuco, margeando o Rio Capibaribe, em terras que hoje pertencem ao município de Surubim.

Com informações do jornal Correio do Agreste. Confira mais clicando aqui.

quarta-feira, 6 de março de 2024

Data Magna celebra o dia em que Pernambuco virou república antes do Brasil

Primeira experiência republicana do País, a revolução pernambucana marcou a história

Da FOLHA DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

Primeira experiência republicana da História do Brasil, a Revolução Pernambucana completa, neste 6 de março de 2024, 207 anos. O feriado estadual, conhecido como "Data Magna", foi instituído como lei pela Assembleia Legislativa do Estado apenas em 2017. Ou seja, 200 anos depois da revolução. O contexto que fez Pernambuco virar uma República antes mesmo do Brasil data das guerras napoleônicas, no início do século XIX. Na época, a família real portuguesa acaba fugindo para o Brasil. Segundo o mestre em História Política, Filipe Domingues, é uma grande peculiaridade da história brasileira: nenhuma outra família real europeia residiu na colônia. E mais, depois que chegaram, não queriam voltar.

MAIOR PRODUTOR

Entre o hiato da mineração das Minas Gerais e o café de São Paulo, estava ele: o açúcar. O ativo colocou Pernambuco em uma posição de destaque no cenário econômico do País. "Por 200 anos Pernambuco não foi o maior produtor de açúcar do Brasil. Pernambuco foi o maior produtor de açúcar do mundo", assegurou o historiador. O professor também afirma que parte disso ajudou a construir essa 'autoestima megalomaníaca' dos pernambucanos. "Para a gente tudo que foi primeiro e maior foi feito no nosso Estado."

O fato é que, Pernambuco – que na época representava mais da metade do PIB do Brasil e dava sustentação à família real portuguesa – se rebelou em virtude do aumento de impostos promovido pelo governo central para bancar os gastos da Família Real, que residia na Corte, no Rio de Janeiro, e se mantinha afastada da realidade das províncias. Inspirado por ideais iluministas, o movimento separatista tomou corpo para tomada do poder contra os desmandos da Família Real.

Pernambuco virou uma república, livre da Coroa Portuguesa, por 74 dias. Foi o primeiro movimento que conseguiu tomar o poder contra as desigualdades sociais e regionais promovidas pelo governo central. Foi, também, o momento em que Pernambuco formou um novo país, com direito à bandeira, leis próprias e força armada. “O clero, o comércio, os donos de engenho, os latifundiários e os militares. Todas essas forças se uniram para fazer da província de Pernambuco um país”, relembrou o historiador.

A REPÚBLICA

A revolução, na avaliação do historiador, merecia um maior reconhecimento. "Infelizmente o que ficou para a História do Brasil foi a Inconfidência Mineira como grande exemplo de revolução. O que é uma coisa que nem aconteceu. Nem tomou as ruas. Enquanto Pernambuco se separou em 1817 e em 1824", disse o professor em tom de brincadeira. Para o historiador e diplomata recifense Oliveira Lima, inclusive, esta é "a única revolução brasileira digna do nome". Durante 74 dias – de 6 de março a 20 de maio de 1817 – Pernambuco foi, de fato, uma república. Com direito à bandeira, leis e tudo.

CONSTITUIÇÃO

Um dos marcos pioneiros do período foi a criação de uma "Lei Orgânica", espécie de constituição provisória, feita na época. O texto era tido como moderno para a época, diga-se de passagem, por ter sido imbuída da influência das revoluções liberais da Europa e da Revolução Americana de 1775. O texto trazia ideais hoje já estabelecidos como garantias e direitos individuais: liberdade de expressão, religiosa e de imprensa; a separação entre os poderes e uma maior participação popular nas tomadas de decisão. Há quem diga, inclusive, que a revolta, inédita no Brasil até então, pode ser lida como o embrião da nossa democracia. Tendo em mente que o conceito de cidadão deles, na época, era outro.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Polêmica em Aracaju: livro sugere que Lampião era gay

DO BLOG DE MAGNO MARTINS

charlesnasci@yahoo.com.br

O juiz Aldo Albuquerque, da 7ª Vara Cível de Aracaju (SE), proibiu a publicação e comercialização do livro "Lampião – o Mata Sete", de autoria do juiz aposentado Pedro de Morais. A ação judicial foi movida pela família do "rei do cangaço", que se sentiu ofendida porque, em um dos capítulos, ele é apontado como homossexual e sua companheira Maria Bonita, adúltera.

No livro, o autor afirma que Virgulino Ferreira, o Lampião, mantinha uma relação homoafetiva com um cangaceiro chamado Luiz Pedro, que também seria namorado de Maria Déia, a Maria Bonita, o que formaria triângulo amoroso.

O autor questiona a paternidade de Lampião em relação à única filha do casal, Expedita Ferreira Nunes, 79 anos. Segundo a obra, Lampião teria sido atingido por um tiro na genitália em 1922, o que lhe teria incapacitado de procriação.

A decisão judicial foi expedida momentos antes do lançamento do livro, que ocorreria em uma livraria de Aracaju. Assim, o autor está proibido de divulgar e comercializar o livro em qualquer parte do país. Pedro Morais poderá apenas se defender quanto ao conteúdo da obra.

Segundo o advogado da família, Wilson Winne, a ação judicial foi fundamentada na violação da privacidade. "Direito de liberdade de expressão tem um limite. Essa obra viola a invasão de privacidade. Ele é uma pessoa histórica. Quando se fala de Lampião, é da parte histórica. Que ele era violento, pistoleiro, herói ou bandido, mas neste caso atinge a honra da família. Está interferindo na vida da pessoa, de sua família", argumentou.